Tarado do Parque: maníaco que dopou e estuprou 13 homens é condenado a 25 anos
O criminoso sexual dopava vítimas e, após o golpe conhecido como “Boa noite, Cinderela”, abusava sexualmente delas no Parque da Cidade
atualizado
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Os 13 estupros cometidos contra homens pelo cozinheiro João Batista Alves Bispo, 41 anos, ao longo dos últimos 10 anos, resultaram em uma condenação de 25 anos de prisão. A sentença proferida após julgamento ocorrido na 1ª Vara Criminal de Brasília determinou que o “Tarado do Parque”, como ficou conhecido o criminoso, cumpra a pena em regime fechado.
Bispo foi detido, preventivamente, em 7 de outubro de 2020, por policiais da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). O cozinheiro, que na época trabalhava em uma galeteria da Asa Sul, dopava homens e, após o golpe conhecido como “Boa noite, Cinderela”, abusava sexualmente deles. O maníaco já está preso no Complexo Penitenciário da Papuda desde o cumprimento da preventiva.
Segundo o delegado-chefe da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), Marcelo Portela, que conduziu o inquérito, o acusado tinha um modo semelhante de agir em todas as ocasiões. “Ele ia para locais onde havia grande aglomeração de pessoas – que geralmente estavam buscando algum programa – e começava a conversar com as vítimas. Então, passava a ingerir bebidas alcoólicas na companhia dessas pessoas e conquistava a confiança delas”, detalhou.

João Batista Alves Bispo aplicava o golpe "Boa noite, Cinderela" em vítimas no Parque da Cidade PCDF/Divulgação

Ele agia constantemente na região caçando suas presas PCDF/Divulgação

A PCDF tem conhecimento de 13 vítimas até o momento PCDF/Divulgação

Investigadores encontraram três frascos de benzodiazepínicos e dois celulares roubados na casa dele PCDF/Divulgação

Polícia pede para que novas vítimas busquem a delegacia PCDF/Divulgação

Na casa do suspeito, foi encontrado o casaco de uma das vítimas PCDF/ Divulgação

Foram achados os tênis da vítima encontrada morta em janeiro PCDF/ Divulgação
Doses cavalares
Em seguida, ele dopava os homens colocando a medicação em suas bebidas. “Eram doses cavalares, tão altas que uma das vítimas veio a óbito. E havia sempre uma conotação sexual envolvida. Ele as convidava para um pretenso programa, aplicava a medicação e praticava os delitos”, reforçou.
As abordagens, geralmente, ocorriam à noite. De acordo com Portela, as investigações começaram após o crime que levou à morte uma das vítimas, no início de 2020. O homem, encontrado sem vida no dia 20 de janeiro, no Parque da Cidade, era morador da Asa Norte e tinha 30 anos.