Novidades no crédito consignado dos servidores

Novo sistema reduz riscos de fraude e permite aos funcionários acompanhar cada operação

Maria Eugênia
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O Ministério do Planejamento adotou um sistema mais rigoroso para a concessão de empréstimo consignado em folha. O novo modelo entra em vigor a partir desta segunda-feira (14/9). O assunto interessa a dois milhões de servidores públicos federais. A medida foi tomada depois que o Ministério Público Federal (MPF) cobrou, em fevereiro, alterações no consignado, já que muitos funcionários estavam sendo vítimas de quadrilhas especializadas, que tiravam empréstimos sem autorização.

Além disso, no mês passado, durante mais uma etapa da operação Lava Jato, foi identificada a existência de um esquema de pagamento de valores ilícitos referente à concessão de empréstimo consignado por meio do Ministério do Planejamento. Pressionado, o órgão desenvolveu, em parceria com o Serviço de Processamento de Dados (Serpro), um sistema que oferece mais segurança nas informações e a privacidade dos servidores e pensionistas que utilizam o crédito consignado.

Entre as principais inovações estão a integração on-line da margem consignável com a folha de pagamento e o acesso ao extrato mensal de consignações pelo servidor.

Em tempo real
Segundo o coordenador-geral de Soluções Tecnológicas da Secretaria de Gestão Pública (Segep), Rogério Meneguim, o novo modelo é benéfico tanto para empresas que concedem os empréstimos, chamadas de consignatárias, quanto para os servidores, já que as informações são lançadas em tempo real. Ele também destaca que o sistema traz mais segurança, “pois reduz o risco da consignação”, explica.

Por meio de um código gerado pelo servidor, a consignatária consulta a margem consignável e averba o contrato no sistema que, em tempo real, registra a consignação na folha de pagamento do servidor. Será o servidor que vai autorizar a negociação mediante o código gerado no sistema. O funcionário público também poderá consultar o saldo da margem consignável, conferir o extrato de consignações e simular novas operações de consignação, com base nas taxas praticadas pelas empresas.

Foto: Michael Melo/Metrópoles

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