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Vinho, sutiã e farofa: como “mulas” camuflam drogas em aeroportos

Quilos de cocaína foram encontrados em bebidas, catálogos gospel, máquina de cortar cabelo e até em roupas engomadas. PF intensifica combate

atualizado

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1 de 1 sutia - Foto: PF/Divulgação

Policiais federais que atuam em aeroportos do país têm apreendido drogas escondidas de formas inesperadas e em locais inusitados. As abordagens ocorrem em terminais de grande movimento. Terceiro maior do Brasil e o primeiro da América do Sul a operar com pistas simultâneas, o Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, está na mira dos agentes federais, que têm flagrado passageiros tentando embarcar com grandes porções de entorpecentes para vários países.

Segundo a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, as operações para combater o tráfico internacional vêm sendo intensificadas. Ao longo deste ano, foram diversos os locais usados por organizações criminosas para ocultar drogas. Entorpecentes já foram localizados dentro de máquinas de cortar cabelo, flores, latas de alimentos, remédios, calçados, entre outros (confira na galeria abaixo).

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A corporação promove grandes operações na tentativa de coibir o crime. Nessa quarta-feira (20/11/2019), uma moradora do Distrito Federal foi presa por integrar uma quadrilha que transportava cocaína para a Europa. Ela fazia viagens internacionais carregando malas recheadas de drogas escondidas em potes de cosméticos e entre as roupas. Um dos principais aeroportos em que o grupo circulava era o de Lisboa, em Portugal.

Seis integrantes da organização criminosa chegaram a ser presos em flagrante no Aeroporto JK. A ação mobilizou mais de 200 policiais.

A quadrilha investigada teve veículos de luxo apreendidos: eram carros importados, embarcações, caminhões e motocicletas. A Justiça também determinou o sequestro de bens com valor estimado em mais de R$ 10 milhões.

Ações em SP

Um dos principais pontos de partida dos traficantes que atuam no exterior, o Aeroporto Internacional de São Paulo é campeão de flagrantes. Em uma semana, os federais acharam entorpecentes diluídos em vinho e perfumes, escondidos em catálogos gospel e colocados até mesmo em roupas engomadas com cocaína. Na madrugada dessa sexta-feira (22/11/2019), quatro passageiros foram presos tentando embarcar com mais de 30 kg de droga para países do Oriente e da África. Com o auxílio de cães farejadores, os agentes da PF identificaram, no porão de bagagens, quatro malas suspeitas.

As detenções dos criminosos ocorreram nos portões de embarque. Conduzidos à delegacia e na presença de testemunhas, os suspeitos acompanharam a realização de exames periciais. Na mala de uma venezuelana de 45 anos estavam três embalagens de vinho cujo conteúdo era cocaína diluída, somando quase 12 kg. O destino da droga era o Líbano.

Dentro da bagagem de uma brasileira de 25 anos que disse estar grávida, foram encontrados 185 frascos de perfume contendo mais de 11 kg de cocaína. Agora presa, ela pretendia embarcar para Lagos, na Nigéria. Ocultados da mesma forma, havia mais de 5 kg de cocaína na mala de um nigeriano de 43 anos cujo destino era seu país natal.

Catálogos gospel recheados com mais de 5 kg de cocaína se encontravam na mala de outro nigeriano, de 42 anos. Ele também viajaria para seu país natal. Os presos foram conduzidos a presídios estaduais, onde permanecerão à disposição da Justiça.

Veja fotos das apreensões:

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Roupas engomadas

Na tarde de 13/11/2019, uma quarta-feira, um passageiro transportando peças de roupa engomadas com cocaína foi preso pela Polícia Federal. Investigadores que acompanhavam o desembarque de um voo procedente de Adis Abeba, na Etiópia, observaram um detalhe no passaporte de um homem de nacionalidade peruana. No documento havia informação de que ele tinha sido inadmitido ao tentar desembarcar naquele país.

O passageiro, de 27 anos, seguiu para uma sala reservada, a fim de passar por busca pessoal e revista dos pertences. Dentro da mala havia peças de roupa que exalavam forte odor característico de cocaína.

Conduzido à delegacia, o suspeito recebeu voz de prisão, após os peritos federais identificarem que os mais de 7 kg de roupas estavam impregnados com a droga. O preso foi conduzido a um presídio estadual, onde permanecerá à disposição da Justiça.

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