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Servidor do Senado que matou ex-marido de amiga tem histórico violento

Argos Madeira já tem registros na polícia por injúria, ameaça e Maria da Penha. Ele também tem diversas armas registradas no nome dele

atualizado

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O servidor do Senado Argos Madeira da Costa Matos, 57 anos, tem diversas armas registradas no nome dele, mas com porte vencido, segundo informou a Polícia Civil. O que reforça a suspeita dos investigadores de que a pistola calibre .380 da qual partiu o projétil que matou o empresário Eduardo Montezuma Alves de Lima, 42 anos, na madrugada desta segunda-feira (30/1), estava com o técnico legislativo. Além disso, ele tem registros por injúria, ameaça e Maria da Penha (violência doméstica).

Madeira estava em um bar na 312 Norte com Débora Rodrigues Martins, ex-mulher da vítima, quando os dois homens começaram a discutir. Equipes da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) estão em diligências à procura dele, mas sua prisão preventiva não foi pedida à Justiça.

De acordo com o delegado-chefe da 2ª DP, Laércio Rosseto, caso o servidor do Senado não se apresente até esta terça-feira (31), a situação pode mudar. “A princípio, aguardarei até amanhã ou um eventual contato com o advogado dele”, explicou. A intenção da defesa é fugir do flagrante.

Reprodução
Montezuma (de camisa listrada) foi morto pelo servidor do Senado

 

Paralelamente, os investigadores apuram o que de fato ocorreu no momento em que Montezuma e Madeira se enfrentaram. Imagens de câmeras de segurança de pontos vizinhos ao crime serão requisitadas e analisadas por peritos.

Discussão
De acordo com a ocorrência, Débora e Eduardo mantinham um relacionamento de 12 anos, mas estavam separados desde dezembro do ano passado. Por volta das 23h, o homem chegou ao bar em que estavam a ex-mulher, Argos e mais um grupo de pessoas. As testemunhas contaram que Eduardo chegou tomando satisfações da ex-companheira, que não teria atendido às ligações dele.

Nesse momento, Argos não estava na mesa, pois havia ido ao banheiro. Em seu depoimento, Débora contou que tinha conhecido o homem há uma semana, durante uma viagem a Rio Branco (AC). Quando retornou, Argos foi interpelado por Eduardo, que seria uma “pessoa muito ciumenta”, conforme revelou a mulher.

Eduardo, então, teria empurrado Argos e teve início uma confusão. Separados, os dois saíram e continuaram a discussão do lado de fora do bar, em via pública. Em seguida, as testemunhas contaram que ouviram um disparo e viram Eduardo caindo, com a mão no peito, ensanguentado.

Argos fugiu do local. Populares colocaram Eduardo ainda vivo no carro e o levaram para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Porém, ele não resistiu e morreu.

Uma outra peça do quebra-cabeças, no entanto, põe em cheque a versão de Débora. Uma mulher que alega ser namorada da vítima afirma ter tido um relacionamento com Eduardo pelos últimos três anos e nega a possibilidade de a causa da briga ser ciúmes da ex-mulher. De acordo com a namorada, a relação deles ia bem e Eduardo foi ao local do crime para comprar cigarros, encontrando a ex por acaso.

Opiniões polêmicas
No início desta tarde, Argos Madeira excluiu o seu perfil do Facebook. Ele usava a rede social para manifestar suas opiniões políticas. No ano passado, ele compartilhou uma notícia de que o porte de arma seria liberado para todos os brasileiros. Em outra postagem, criticou o senador Lindbergh Farias (PT) ao escrever: “Venha, palhaço!!! não vai sobrar de você, safado!!!” (sic).

O servidor também se mostrou favorável à intervenção das Forças Armadas e manifestou apoio ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC).

O corpo de Eduardo, segundo a Polícia Civil, passou por perícia e já pode ser buscado por seus familiares.

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