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“Quem fez isso precisa ser preso”, diz mãe de jovem morta no DF

De acordo com a mãe de Larissa Maciel, amigo da filha disse que vítima deixou festa na Candangolândia com homem antes de morrer

atualizado

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Arquivo pessoal
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1 de 1 larissa21 - Foto: Arquivo pessoal

Antes de ser encontrada morta, a diarista Larissa Francisco Maciel, 23 anos, estava em um posto de gasolina onde ocorria uma festa na Candangolândia. Na noite de segunda-feira (06/01/2020), ela deixou o local acompanhada de um homem e, horas depois, o corpo da jovem foi achado no altar de uma igreja evangélica. A vítima estava nua, havia sido enforcada e queimada.

O relato foi feito por um amigo de Larissa à mãe dela, Valdete Francisco Maciel. “Ele me disse que Larissa estava tranquila, não demonstrava medo. Tanto que esse amigo até deu um ‘oi’ para ela”, contou a mulher ao Metrópoles. Na terça-feira (07/01/2020), ela sepultou a filha em Cabeceira Grande (MG), cidade natal da família.

A principal vontade dela, que também é diarista, é descobrir o que aconteceu com a filha. “Espero que as imagens do posto de gasolina mostrem com quem ela saiu. Quem fez isso precisa ser preso. Minha filha já está presa embaixo da terra, isso, infelizmente não tem como voltar”, lamenta.

A última vez que Valdete viu a filha com vida foi por volta de 21h30. Sem dizer para onde iria, a jovem saiu para a rua, uma prática comum, segundo a mãe. “Não era de avisar não. Só trocou de roupa, ficou um pouco pensativa e saiu sem falar nada.”

A única coisa estranha que Valdete reparou foi a camisa muito suja da filha. “A roupa que ela trocou estava suja de terra e jamelão. Acho que pode ter sido derrubada, aconteceu alguma briga antes de ela passar em casa. Talvez essa seja a motivação do crime”, especula.

Como Larissa demorava a voltar e a mãe precisava acordar cedo para trabalhar, acabou indo dormir. Valdete só voltou a saber da filha quando bateram na casa onde trabalha pedindo para fazer o reconhecimento do corpo. “Cheguei lá e estava no altar da igreja, com as partes íntimas todas queimadas por algum produto químico e pelada”, lembra.

O casaco rosa estava embaixo do corpo. Já o short, que tinha cordões nas laterais, estava no pescoço da vítima, que foi sufocada. “Um crime perverso, uma crueldade enorme. Ela era uma pessoa muito querida por todos, tinha muitos amigos. Só pode ter sido coisa de gente de fora da Candangolândia”, afirma Valdete.

Valdete ainda não foi à 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante) para contar o que sabe. Por ser da cidade mineira de Cabeceira Grande, ela estava nessa terça-feira na cidade natal para enterrar a filha. “Estou à disposição da polícia. Ainda devo passar mais um ou dois dias aqui, mas depois preciso voltar”, explica.

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Feminicídio

Larissa morava com a mãe na QR 2 da Candangolândia, mesmo endereço da Igreja Evangélica Tenda da Libertação, onde o cadáver foi encontrado. As duas trabalhavam como diaristas.

Em nota, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) não detalhou as causas da morte da jovem e afirmou que ainda investiga o caso, apurado pela 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante).

A ocorrência foi registrada como feminicídio. A PCDF explicou que a unidade policial está cumprindo o novo protocolo de investigação, que determina que “toda morte violenta de mulher no Distrito Federal seja tratada como motivação de violência doméstica e menosprezo ou discriminação à condição de mulher”.

Se confirmada a qualificadora do crime, será o primeiro feminicídio de 2020.

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