Agressão em boate: “Empresa não tem autorização”, diz sindicato

Segundo entidade, a Polícia Federal encaminha, a cada três meses, relação das companhias aptas a atuar no ramo da segurança privada

Fernando Caixeta
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O Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv) afirmou que a prestadora de serviços Guerra Vigilância atua de forma clandestina e não tem autorização da Polícia Federal para atuar no ramo. Conforme a entidade, a empresa é a contratante da segurança que agrediu uma mulher na porta da boate People’s Lounge Bar, em Taguatinga, na madrugada de sábado (07/12/2019).

“A cada três meses, a Polícia Federal manda uma relação de empresas aptas a trabalhar com vigilância, e a Guerra não está nesta relação. A segurança clandestina é um problema e, hoje, poucas boates contratam empresas autorizadas pela PF. O problema se repete em supermercados”, denuncia o diretor do Sindesv, Gilmar Rodrigues.

A ação da funcionária foi gravada em vídeo. Nas imagens, é possível ver a mulher dando um soco na cliente e arremessando-a ao chão em seguida. A vítima bateu a cabeça contra o solo e ficou caída. Ainda assim, a vigilante deu um chute e arrastou a mulher pelos pés.

Tudo foi filmado, e o vídeo com as imagens da agressão circulam nas redes sociais. Confira:

Em nota, a People’s Lounge Bar disse que solicitou à empresa terceirizada o afastamento da segurança. Afirmou, ainda, que ambas “estão sendo notificadas e responderão pelos seus atos”.

Embora não tenha registro de atendimento da Polícia Militar sobre a agressão contra a mulher, a corporação atuou duas vezes na mesma boate durante a madrugada de sábado: por volta das 3h30 um homem foi abordado com uma faca e às 4h30 outra pessoa foi presa por desacato e desobediência.

O Metrópoles tentou contato com a empresa Guerra Vigilância por meio de dois telefones e nenhum dos números atendeu às ligações. A reportagem também questionou a Polícia Federal sobre a autorização de  atuação da prestadora de serviços e aguarda resposta.

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