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Segundo PF, Arruda é “mentor” da fraude em licitação do Mané Garrincha

Mesmo preso na Caixa de Pandora, em 2010, ele pressionava pelo recebimento da propina, paga em 2013, quando já estava solto

atualizado

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Elza Fiúza/ABR
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1 de 1 arruda_Elza Fiúza Agência Brasil - Foto: Elza Fiúza/ABR

Para a Polícia Federal, o ex-governador José Roberto Arruda (PR) é o “mentor de toda a fraude licitatória” envolvendo o estádio Mané Garrincha. O político foi preso na manhã desta terça-feira (23/5), pela Operação Panatenaico, decorrente das delações dos ex-executivos da Andrade Gutierrez.

Ainda segundo as investigações, Arruda, mesmo preso no âmbito da Caixa de Pandora, em 2010, pressionava pelo recebimento da propina, que foi paga em 2013, quando ele já estava solto.

Ao pedir a prisão dele, a delegada Fernanda Costa de Oliveira afirma que Arruda “liderou no início a associação criminosa em conluio com as construtoras, havendo indícios de práticas suas de delitos de fraude à licitação e lavagem de dinheiro”.

Segundo o pedido de prisão formulado pela PF e aceito pela 10ª Vara Federal, na qualidade de governador, em 2009 e 2010, Arruda tramou todo o esquema ao articular a saída de outras construtoras da licitação e apontar e determinar desde logo as vencedoras: construtoras Andrade Gutierrez e Via Engenharia, mediante recebimento de propina.

“Como em razão de sua prisão não pode receber todo o dinheiro, segundo os relatos, pressionou para receber parte do dinheiro que as construtoras haviam lhe repassado depois de sua liberdade, em 2013, quando obteve êxito parcial em seu intento. Para tanto, foi auxiliado pelo investigado Sérgio Lúcio Silva de Andrade como seu representante e receptor do dinheiro”, destaca a Polícia Federal.

De acordo com a PF, “todos os elementos até agora juntados sinalizam para o fato de que Roberto Arruda liderou no início a associação criminosa em conluio com as construtoras, havendo indícios de práticas suas de delitos de fraude à licitação e lavagem de dinheiro”.

 

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