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TCDF determina que empresa de lençóis hospitalares não receba recursos

Decisão foi proferida após denúncia de supostas irregularidades. Material entregue pela empresa estaria abaixo do padrão de qualidade exigido no contrato

atualizado

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Marcello Casal JR/ABr
Brasília - Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Taguatinga. Em alguns hospitais do Distrito Federal faltam leitos para os pacientes. Foto: Marcello Casal JR/ABr
1 de 1 Brasília - Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Taguatinga. Em alguns hospitais do Distrito Federal faltam leitos para os pacientes. Foto: Marcello Casal JR/ABr - Foto: Marcello Casal JR/ABr

O plenário do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) decidiu, por unanimidade, determinar à Secretaria de Estado Saúde do DF que suspenda cautelarmente o pagamento de R$ 914,6 mil referente à compra de lençóis hospitalares, após denúncias de supostas irregularidades relativas à qualidade do material. A decisão foi proferida na última terça-feira (13/9). A Corte deu prazo de cinco dias para que a Secretaria apresente esclarecimentos e também concedeu à empresa responsável pelo material o direito de se manifestar no mesmo prazo.

O processo relativo à aquisição desses materiais foi autuado no TCDF após representação do Ministério Público de Contas. O contrato firmado em maio deste ano pela pasta com a empresa HC Alecrim Distribuidora Ltda-ME abrange a compra de lençóis, cobertores, cueiros e colchas para a rede hospitalar do DF, com valor total de cerca de R$ 13 milhões. De acordo com o MPC, após a entrega da primeira remessa dos materiais adquiridos – lençóis de tamanhos variados, no valor de R$ 914,6 mil –, os núcleos de hotelaria dos hospitais fizeram críticas à qualidade do tecido.

Os materiais haviam sido aceitos pela Gerência de Hotelaria em Saúde da secretaria e vieram acompanhados de relatórios de ensaio, emitidos pelo laboratório do Senai em Brusque (SC), que atestavam a regularidade do produto. No entanto, os chefes dos núcleos hospitalares alegaram que os lençóis aparentavam ser mais finos do que constava no edital de licitação e que encolheram após a primeira lavagem. Além disso, o tecido não tinha resistência aos produtos químicos e aos processos de higienização, rasgando com facilidade.

Segundo o TCDF, a Gerência de Hotelaria em Saúde da pasta, ao ser comunicada sobre o problema, enviou ofício ao laboratório responsável pela emissão dos relatórios de ensaio para conferir se o material entregue no Almoxarifado Central era o mesmo que havia sido analisado. No último dia 12 de agosto, a HC Alecrim entregou nova remessa de itens no Almoxarifado Central da secretaria. Como ainda não havia resposta do laboratório, e diante dos questionamentos sobre a qualidade do material, a pasta solicitou prorrogação de prazo para realizar inspeção de qualidade. Em relação aos lençóis para adultos, a Gerência de Hotelaria em Saúde já manifestou que o material entregue não corresponde à amostra apresentada pela HC Alecrim quando foi realizada a licitação. (Com informações do TCDF)

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