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Paciente morre no Hospital do Paranoá por falta de equipamento para auxiliar na respiração

O box de emergência com os ventiladores mecânicos, para suprir a falta de ar, estava lotado e não deu tempo para o homem ser transferido a outra unidade de saúde

atualizado

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Paranoa street
1 de 1 Paranoa street - Foto: Street View

A falta de estrutura na saúde fez mais uma vítima no Distrito Federal nesta terça-feira (15/3). Um paciente morreu com uma crise respiratória depois de o médico que o atendia alertar sobre a necessidade de cuidados intensivos e ventilação mecânica. De acordo com documento do Hospital Regional do Paranoá, Oziel de Sousa Gomes deu entrada às 8h54 na unidade de saúde com dispineia (falta de ar), extremidades frias e sudorese. O relatório de evoluções do paciente aponta que ele estaria sem o suporte ventilatório necessário. Às 10h44, o médico decretou o óbito de Oziel.

ReproduçãoDe acordo com documento e com médicos da unidade, o homem precisava de ventilação mecânica, mas existiam cinco pacientes na fila para um box de emergência com quatro leitos. Não havia nenhum ventilador disponível. O médico chegou a entrar em contato com o Hospital Universitário de Brasília (HUB) para possível transferência, que não chegou a ocorrer, mesmo com os constantes alertas de que Oziel não poderia ficar no box de emergência, que precisaria de cuidados intensivos.

Procurada, a Secretaria de Saúde informou que atendeu o homem prontamente após a entrada dele na unidade. “O quadro clínico apresentado, no entanto, não era satisfatório e evoluiu negativamente, levando-o a óbito”, diz a nota.

A direção do hospital informou que não houve tempo hábil para a equipe fazer uma “regulação” de leito de UTI, por exemplo, transferindo-o para outra unidade. “Ele estava usando suporte ventilatório em leito enquanto aguardava a liberação de um ventilador mecânico. Foi submetido a diversos exames e teve o acompanhamento constante da equipe médica”, completa o documento.

A pasta deu início a uma investigação sobre a morte de Oziel. Foi coletado material biológico para determinar as causas do óbito, pois há suspeita de dengue, leptospirose ou hantavirose.

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