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Hemocentro coleta mais de 50 mil bolsas de sangue

Apesar do estoque satisfatório, entidade reforça necessidade de doações de tipagens raras

atualizado

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TONINHO TAVARES/AGÊNCIA BRASÍLIA
Profissional realiza retirada de sangue de paciente
1 de 1 Profissional realiza retirada de sangue de paciente - Foto: TONINHO TAVARES/AGÊNCIA BRASÍLIA

A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) coletou, entre janeiro e 15 de dezembro, 50.311 bolsas de sangue. Apesar de ser considerado um estoque satisfatório para o ano, a entidade reforça a necessidade de mais doações. Especialmente em relação às tipagens de sangue raras, como A negativo, B negativo e, principalmente, O negativo – conhecido como doador universal.

“O que podemos dizer é que o estoque está satisfatório, com baixa de nenhum componente, a não ser o negativo. Mas isso só acontece porque ele é raro. Com a chegada das festas do fim de ano, aumenta nossa preocupação em manter esses estoques para atender a demanda”, informou o gerente do Ciclo do Doador do FHB, João Rogério Cardoso.

De acordo com ele, o Hemocentro tem feito campanhas na mídia solicitando que apareçam mais doadores com sangue negativo. “Em torno de 15% da população tem essa tipagem, o que torna mais difícil a coleta. No caso do O negativo, apenas 4% tem esse tipo de sangue. Por isso é importante esse reforço, ainda mais no fim do ano, quando aumentam os acidentes”, comentou.

Uma das últimas campanhas realizadas pelo Hemocentro para atrair mais doadores foi promovida este mês na fundação, durante a Semana Nacional de Doação de Medula Óssea, comemorada entre 18 a 23 de dezembro. O objetivo foi aproveitar a oportunidade para reforçar a vinda de mais doadores de sangue.

“Quando o estoque está no limite fazemos campanhas, buscamos em casa, mandamos e-mail, carta, usamos o Facebook. Hoje temos condições de buscar 70 pessoas por mês, além de termos a Linha Vermelha da Rodoviária do Plano. São várias ações”, ressaltou Cardoso.

Segundo o gerente, no caso de doação de medula, o procedimento é semelhante. A diferença é que o doador, voluntário, vem até a unidade e se colhe uma pequena amostra que vai para o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Quando algum paciente necessita de doação, esse banco é consultado e, encontrando um doador, este é reconvocado para novos exames e só depois encaminhado para o transplante.

Média
Passam diariamente pela FHB cerca de 200 a 300 pessoas, gerando uma média de 150 a 160 doações de sangue por dia. No mês, o Hemocentro recebe aproximadamente 6,5 mil pessoas que se candidatam a doar. Destas, 4 mil estão aptas, ou seja, atendem aos critérios para contribuir. O número corresponde a 2% da população do Distrito Federal, quantitativo acima da média nacional de doadores, que está abaixo de 1,5%.

A Fundação Hemocentro é responsável por recolher cerca de 75% de todo sangue coletado no DF. A entidade garante o fornecimento de 100% da demanda Secretaria de Saúde (SES/DF) por hemocomponentes, além de atender o Hospital Universitário de Brasília (HUB), Hospital das Forças Armadas (HFA) e a Rede Sara Kubitschek – todos federais.

Divulgação/Secretaria de Saúde

Doação
Para doar sangue, dentre outros requisitos, a pessoa precisa estar em bom estado de saúde; pesar mais de 50Kg; ter idade a partir de 16 anos (neste caso, acompanhado do responsável legal); apresentar um documento de identificação oficial com foto; ter se alimentado normalmente (cortando apenas alimentos gordurosos); não ingerir bebida alcoólica e nem praticar atividade física nas últimas 12 horas antes da doação, além de evitar fumar duas horas antes da doação.

Os interessados podem agendar uma visita para doação pelo telefone 160, opção 2, ou pelos telefones 33274413 e 33274450. (Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal)

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