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“A ação é absurda, infamante e indignante”, diz secretário de Saúde

Humberto Fonseca critica ação da Procuradoria Regional da República do Distrito Federal (PRR1) que pediu a prisão dele e do seu antecessor

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Michael Melo/Metrópoles
Secretário de Saúde do DF, Humberto Fonseca
1 de 1 Secretário de Saúde do DF, Humberto Fonseca - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (24/6), o secretário de Saúde do DF, Humberto Fonseca, criticou veementemente a ação da Procuradoria Regional da República do Distrito Federal (PRR1) que pediu a prisão dele e do seu antecessor, Fábio Gondim, por negligência no fornecimento de medicamentos para pacientes hemofílicos. “A ação é absurda, infamante a indignante. Devido à crise econômica, a saúde está extremamente subfinanciada e estamos tendo que lidar com isso. Precisamos parar de tratar secretários de saúde como delinquentes”, disse.

 Humberto Fonseca afirmou que na gestão Rollemberg não houve desabastecimento dos Fatores VIII e VIX, que são os medicamentos para hemofílicos do tipo A e B, respectivamente, na rede pública. “Tenho dificuldades de entender as razões desta denúncia porque nenhum desses pacientes deixou de receber os remédios no DF”, garantiu.

Os dois medicamentos são fornecidos pelo Ministério da Saúde e a secretaria é responsável pelo cadastramento e distribuição aos pacientes. Segundo Fonseca, no entanto, o DF tem uma particularidade: é a única unidade da federação obrigada por decisões judiciais a comprar doses extras dos remédios.

Hoje, segundo a pasta, 70 pessoas conseguiram na Justiça o direito de receber uma parcela dos medicamentos maior que a enviada pelo ministério. “Gastamos por ano, com cada um desses pacientes, cerca de R$ 1 milhão. Esse dinheiro daria para construir cinco unidades de saúde e atender a 100 mil pessoas”, afirmou.

Uma licitação para a compra dos remédios já está em curso e, por conta de um período de produção solicitado pela empresa fornecedora, o material deve chegar em setembro. Até lá, o secretário garante que já foi feita uma compra emergencial para que os tratamentos não faltem.

Ainda de acordo com o secretário, a única modificação que houve na distribuição desses medicamentos neste ano foi um parcelamento na distribuição que, nos meses de março e abril, acabou sendo feita a cada sete ou 15 dias, em vez de uma vez por mês, como é comum. Essa alteração, de acordo com o titular da pasta, foi repassada pelo ministério e já normalizada nos meses de maio e junho.

A denúncia, que também cita a diretora-presidente do Hemocentro do DF, Miriam Scaggion, ainda não foi aceita pela Justiça Federal. Humberto Fonseca afirmou que só foi notificado oficialmente nesta quinta-feira (23) e vai utilizar de todos os instrumentos judiciais para travar a continuação do processo.

 

 

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