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“Revolta”, diz sobrinha de mulher morta após cair de escada em escola

Sandra de Sousa Marinho, 41, morreu no sábado (24/2). Ela caiu de uma escada e bateu fortemente a cabeça contra o chão no último dia 16/2

atualizado

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Nathalia Cardim/Metrópoles
Velório Sandra de Sousa Marinho
1 de 1 Velório Sandra de Sousa Marinho - Foto: Nathalia Cardim/Metrópoles

Amigos e familiares de Sandra de Sousa Marinho, 41 anos, reuniram-se no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul, no início da tarde deste domingo (25/2), para se despedir dela.

Durante limpeza na Escola Classe 10, em Ceilândia, a funcionária terceirizada caiu de uma escada e bateu fortemente a cabeça contra o chão em 16 de fevereiro.

A mulher foi levada ao Hospital de Base, ficou internada por uma semana em estado gravíssimo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu nesse sábado (24/2).

O velório começou por volta das 14h30 deste domingo na Capela 9. O sepultamento ocorrerá às 17h.

Ao Metrópoles, a sobrinha da vítima, Vanessa Ferreira, 25, contou que a tia era uma pessoa maravilhosa e que toda a família está muito abalada com as circunstâncias da morte. “Apesar da dor que estamos sentindo, o sentimento é de revolta”.

“Foi muito trágico o que aconteceu com a minha tia. Queremos entender todo o contexto. Saber de quem foi a responsabilidade por isso”, detalhou a jovem.

Funcionária exemplar

Amigas que trabalhavam com Sandra há anos também participaram da despedida e prestaram as últimas homenagens.

“Vai deixar saudades. Ela era querida por todos. Uma funcionária exemplar. Gentil e parceira para todas as horas”, comentou uma colega que preferiu não se identificar.

A sobrinha classificou Sandra como uma pessoa “alegre e feliz”. “É um momento muito difícil. Ela merece todas as homenagens possíveis. Minha tia era maravilhosa. Muito alegre, feliz e solicita. Não sabia dizer não a ninguém. Era uma mulher simplesmente sensacional”, acrescentou Vanessa.

Acidente de trabalho

O caso foi registrado na 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro) como acidente de trabalho.

No dia do acidente, Sandra estava trabalhando como contratada da Real JG Facilities S/A. Segundo a empresa, o contrato realizado com a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF) não previa a prestação de serviços nas alturas, como o que foi realizado pela mulher no momento do acidente. A ação de limpeza com a escada teria sido, segundo a empresa, um pedido da direção da escola.

Vanessa destacou que a tia comentava nos encontros com a família que realizava serviços fora das funções que lhe eram atribuídas na escola.

“Ela comentava que saía da escola para fazer outros serviços e que subia em escadas para limpar calhas.”

Segundo a sobrinha, a empresa Real JG Facilities S/A prestou apoio à família e custeou todas as despesas com a despedida de Sandra. A SEDF ainda não procurou os familiares da vítima.

Veja imagens do acidente:

Após a queda, a funcionária passou por uma série de convulsões. O Metrópoles decidiu borrar a cena forte.

Em nota compartilhada nas redes sociais, a Real JG informou que, no momento do acidente, a colaboradora usava os equipamentos de proteção individual (EPI’s) fornecidos pela empresa, que são uniforme, bota e luvas.

“Porém, não ostentava nenhum EPI’s para trabalho nas alturas, pois não estava sob determinação da empresa, e sim a pedido da direção da escola”, apontou. O contrato indicava apenas serviço de mão de obra especializada.

Procurada pelo Metrópoles, a Secretaria de Educação afirmou que foi informada do incidente ocorrido na Escola Classe 10 de Ceilândia e agiu imediatamente para lidar com a situação.

Atualmente, o caso está sendo apurado pela corregedoria da pasta. A investigação está sendo conduzida de maneira sigilosa para garantir a integridade do processo.

“Ademais, a Polícia Civil também está apurando os fatos dentro de suas competências. A SEEDF reafirma seu compromisso em adotar todas as medidas necessárias para esclarecer completamente o ocorrido”, afirmou o órgão.

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