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Queda de avião: ex-senador boliviano respira com ajuda de aparelhos

Aeronave que Roger Pinto Molina pilotava caiu na tarde de sábado (12/8) em Luziânia. Ele foi trazido para o Hospital de Base do DF

atualizado

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Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
roger pinto molina, acidente , luziânia
1 de 1 roger pinto molina, acidente , luziânia - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

É grave o estado de saúde do ex-senador boliviano Roger Pinto Molina, 58 anos. Boletim médico divulgado neste domingo (13/8) pelo Hospital de Base do DF (HBDF) informa que ele segue instável, com traumatismo cranioencefálico e está em ventilação mecânica. Foi feita drenagem bilateral no tórax, traqueostomia de urgência e o paciente continua sem indicação de cirurgia. Molina pilotava uma aeronave que caiu no Aeroclube de Luziânia (GO), Entorno do DF, no sábado (12).

Ainda não se sabe o que causou o acidente, mas a assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros de Goiás informou que o ultraleve caiu, logo após a decolagem, na cabeceira da pista. Apesar de atingir o solo, não houve explosão. Molina estava sozinho na cabine. A aeronave ficou completamente destruída e o piloto foi trazido para a unidade hospitalar brasiliense.

 

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Molina foi senador na Bolívia pelo Plano de Progresso para a Bolívia – Convergência Nacional, partido de extrema direita. Ele se tornou conhecido no Brasil em 2012 quando, acusado no governo Evo Morales por irregularidades como dano econômico ao Estado, estimados na época em US$ 1,7 milhão, em mais de 20 processos, se refugiou na embaixada do Brasil em La Paz.

Conseguiu asilo no Brasil no ano seguinte sob alegação de perseguição política. Molina foi transportado de carro pela fronteira boliviana em Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Sua fuga causou dissabores ao governo brasileiro e levou à demissão do então ministro das relações exteriores, Antônio Patriota. Ele mora em Brasília.

O ex-senador também foi lembrado em 2016, dessa vez por conta do acidente com o avião da Chapecoense, na Colômbia, ele era sogro do piloto da aeronave, Miguel Quiroga.

O acidente
Dois pilotos viram o acidente, pousaram as suas respectivas aeronaves e realizaram os primeiros socorros. Bombeiros foram acionados e conseguiram retirar o piloto, que estava preso às ferragens. Em uma gravação, um bombeiro de Goiás fala sobre a atuação dos militares no local da queda:

 

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou ao Metrópoles que um grupo do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) foi até o aeródromo para levantar informações a respeito do acidente.

Dados como o plano de voo e o registro do piloto serão solicitados pelos militares da FAB.

 

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