Quatro crianças atropeladas no DF seguem na UTI; três em estado grave

Maria Eduarda, 10 anos, é a única que recebeu alta e se recupera em casa. Vítimas foram atropeladas por motorista bêbado em Ceilândia

atualizado 24/05/2022 9:21

Rua com objetos e brinquedos de crianças espalhados no chão Ana Karolline Rodrigues/Metrópoles

Quatro das cinco meninas atropeladas no domingo (22/5), em Ceilândia, seguem internadas na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital de Base do Distrito Federal. Segundo familiares, Ana Julia e Bruna Raquel, ambas de 6 anos, e Sofia Valentina, de 4, estão intubadas. O quadro clínico ainda é grave e preocupante.

As vítimas são primas, e, duas delas, irmãs. Ester Isabely, 10, estava no Hospital Regional da Ceilândia (HRC), mas foi transferida, na manhã dessa segunda-feira (23/5), para o Hospital Base e precisou aguardar por uma vaga na UTI. A criança estava com suspeita de sangramento na cabeça e dificuldades de reconhecer os familiares, mas não precisou ser intubada.

Criança atropelada por motorista bêbado em Ceilândia consegue UTI

Maria Eduarda, 10, estava internada no HRC e recebeu alta na tarde dessa segunda-feira. A criança sofreu apenas escoriações pelo corpo e lesões leves.

Todas chegaram ao hospital em estado grave após serem atropeladas por Francisco Manoel da Silva, 53 anos. Ele dirigia sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH), em alta velocidade e bêbado.

“Sensação de desespero”, diz mãe de crianças atropeladas por bêbado

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Entenda o caso

Após cometer o crime, Francisco tentou fugir, mas foi detido por um grupo de motoboys que presenciaram o atropelamento. Ele recebeu voz de prisão e foi levado para a 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro). Conforme divulgou a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o condutor estava bêbado “por laudo de constatação” confirmado pelo Instituto Médico Legal (IML). Trata-se de um exame atestado mediante sinais claros de embriaguez, mesmo quando há recusa da parte em assoprar o bafômetro.

Vídeo. Motorista que atropelou crianças leva capacetada: “Cê é louco?”

Moradores da região testemunharam o momento em que o motorista embriagado atingiu as vítimas. Francisco Lima, 71, aposentado, mora na casa em frente ao local. Segundo ele, o barulho do impacto do corpo das crianças no carro é indescritível. “Quando saí para ver o que havia acontecido, entrei em desespero. As crianças estavam jogadas próximo ao bueiro, no canteiro. Outra havia sido arremessada a metros da faixa de pedestre. Foi uma das coisas mais horríveis que já vi”, disse o homem, emocionado.

Conforme relatou Mariane Marques, 14, vizinha de Francisco, foi impossível não se assustar com o acidente. “Quando ouvi o barulho, corri para a rua e me deparei com a cena. Lamentável. As crianças estavam jogadas pelo local. Uma deles estava com a cabeça sangrando, outra parecia que tinha quebrado a perna e todas estavam inconscientes. Foi assustador. Espero que elas fiquem bem”, relembra.

A reportagem entrou em contato com a mãe de duas das vítimas. Diná Ester Rodrigues, 24, disse que o grupo de cinco meninas seguia para um parquinho próximo de casa quando foram atingidas pelo veículo. Elas estariam acompanhadas de um primo, de 15, que não ficou ferido. “O carro pegou todas, porque elas estavam grudadas. Tinha um primo de 15 anos junto, mas ele estava na outra ponta e não foi atingido”, diz. Diná relata que, quando chegou ao local, “a sensação foi a mesma de todo mundo ali: desespero”.

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