metropoles.com

Quadrilha que aplicava o golpe do falso aluguel é denunciada pelo MP

Criminosos pegavam chaves de imóveis disponíveis para locação, faziam cópias e anunciavam casas e apartamentos. Depois, sumiam com depósito

atualizado

Compartilhar notícia

Divulgação
chaves imovel imobiliaria
1 de 1 chaves imovel imobiliaria - Foto: Divulgação

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ofereceu denúncia contra uma quadrilha de estelionatários especializada no chamado golpe do aluguel. O bando agia em Ceilândia, simulando ser dono de imóveis anunciados por imobiliárias. As autoridades identificaram que pelo menos 20 pessoas foram lesadas.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, um membro do grupo dirigia-se a uma imobiliária, demonstrava interesse na locação ou compra do imóvel e pedia as chaves para uma visita. De posse das chaves, os integrantes da organização criminosa providenciavam uma cópia e devolviam a original. Depois, anunciavam o imóvel em cartazes nos quais se apresentavam como proprietários.

Os interessados eram atendidos por integrantes do grupo criminoso, que usavam outros nomes, normalmente Ana Paula, Paula ou Ana. As vítimas, geralmente, não tinham contato pessoal com os criminosos, somente por telefone ou WhatsApp. As chaves quase sempre eram deixadas nas caixas de correio dos imóveis para locação.

Depósito inicial
Quando as vítimas se interessavam pelo imóvel, era exigido um depósito inicial nas contas bancárias dos integrantes do grupo. De acordo com a denúncia, essa estratégia mostrou-se eficiente, despertando sempre nas vítimas a vontade de garantir a locação, que costumava ser oferecida por valor bem abaixo do mercado.

Algumas pessoas chegaram a se mudar para os imóveis. Quando descobriam a fraude, tentavam, sem sucesso, contato telefônico com os estelionatários. O grupo trocava rapidamente os chips de telefonia móvel com o objetivo de dificultar sua identificação e localização.

Foram denunciados, por organização criminosa e estelionato, André Martins Ramos, Andrea da Silva Lisboa, Daniela Silva Lisboa, Mariana Lisboa Urquiza de Araújo e Letícia Lisboa Santana.

Compartilhar notícia