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“Pressenti que algo poderia acontecer”, diz vítima do crime da 408 Sul

Ainda se recuperando de um tiro no tórax, na UTI de um hospital privado, Ieda Maria Neiva deu detalhes do dia em que quase foi assassinada

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1 de 1 408 sulWhatsApp Image 2018-01-09 at 10.47.24 (1) - Foto: Michael Melo/Metrópoles

“Pressenti que algo de ruim poderia acontecer”. O trecho do depoimento de Ieda Maria Neiva Rizzo, 54 anos, revela o drama vivido pela psicóloga ao ser baleada no peito por um bandido no Bloco B da 408 Sul, na segunda-feira (8/1). Na quarta-feira (10/1), ainda internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital privado do Lago Sul, ela foi ouvida por investigadores da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).

Aos agentes, ela deu detalhes do que ocorreu na noite do crime. A mulher relatou que saiu da casa do namorado, por volta das 22h20 e, antes mesmo de chegar ao veículo, notou que um homem estava no estacionamento. Destravei o carro, entrei rápido e fechei a porta”, lembra. O criminoso, entretanto, conseguiu abrir a porta do motorista e a obrigou a passar para o banco traseiro.

Em função das ameaça, Ieda sai às pressas do automóvel e grita por socorro. Neste momento, o ladrão a seguiu e efetuou o disparo. O suspeito fugiu sem levar nada. Câmeras de segurança da quadra flagraram-no correndo entre alguns prédios.

Aos policiais, a mulher definiu a ação como “muito cruel” e emendou: “Ele poderia ter consumado o roubo, levado o carro, não entendi por que ele atirou”, disse. Ieda passou por cirurgia para retirar resquícios do projétil e colocou um dreno no pulmão. Para acelerar a recuperação, recebeu seis bolsas de sangue.

Ao prestar depoimento, a vítima estava serena. Embora não tenha chorado, mostrou-se preocupada com o fato de o criminoso ainda estar solto. O tempo inteiro, interpelava a equipe da 1ª DP: “Vocês vão prender ele? Vocês precisam prender!”. A pólvora decorrente do disparo deixou uma marca no peito, a qual é chamada pelos peritos de “tatuagem”.

Ao Metrópoles, o delegado-adjunto da 1ª DP, João de Ataliba Nogueira Neto, reforçou que o caso ainda é investigado como tentativa de latrocínio. “Explicamos para ela (Ieda) sobre a nossa linha de investigação. A expectativa é que esse suspeito seja preso o quanto antes. Estamos concentrando esforços para identificá-lo e solucionar o caso”, explicou. “Há a possibilidade de que o suspeito tenha pensado em cometer um sequestro relâmpago, mas todos esses detalhes também são apurados”, concluiu.

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Denuncie pelo 197
A participação da comunidade é fundamental para solucionar esse tipo de crime. Imagens do suspeito foram divulgadas nesta semana pela Polícia Civil. Quem tiver alguma informação sobre a localização ou identidade do homem pode entrar em contato com a PCDF.

As denúncias podem ser feitas por quatro meios: telefone 197; site www.pcdf.df.gov.br; e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br; ou WhatsApp (61) 98626-1197. É importante ressaltar que o sigilo das informações é absoluto.

“Não me deixe morrer”
O porteiro do bloco A, Gimadalberico Antônio da Silva foi um dos primeiros a ajudar no socorro à psicóloga e relembrou o quanto a vítima estava nervosa. “Quando cheguei, ela ainda estava no chão. O namorado dela pressionava o ferimento e dizia, de forma bem centrada, que tudo iria se resolver. A mulher estava lúcida, mas repetia várias vezes: ‘amor, não me deixe morrer”.

Gimadalberico mora no bloco há 27 anos e conta que a região é tranquila. “Claro que já tivemos muitos casos de furtos a veículos, mas até isso diminuiu bastante. O crime de ontem, porém, foi chocante. O último caso semelhante que vi por aqui foi há mais de 10 anos, na banca de revista da quadra”.

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