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Preso morre na Papuda por Covid-19. Sistema prisional registrou 3 óbitos

Penitenciárias do Distrito Federal têm 1.006 infectados pelo novo coronavírus, entre presos e policiais penais

atualizado

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SES-DF/DIVULGAÇÃO
testagem de presos na papuda
1 de 1 testagem de presos na papuda - Foto: SES-DF/DIVULGAÇÃO

Subiu para três o total de detentos mortos pela Covid-19 no sistema penitenciário do Distrito Federal. Na manhã deste sábado (20/06), um interno de 77 anos, com comorbidades e que contraiu a doença dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, faleceu no Hospital Regional da Asa Norte (Hran).

O homem estava internado desde 11 de março, quando testou positivo para a Covid-19, na unidade hospitalar, que é referência no tratamento do novo coronavírus no DF. Ele sofria de insuficiência cardíaca e doença pulmonar crônica.

Esse é o terceiro detento a morrer vítima da Covid-19 no DF. Um servidor do sistema carcerário também não sobreviveu à doença. Ao todo, os sistema prisional registrou 1.006 casos de Covid-19, segundo o boletim divulgado pela Secretaria de Saúde nessa sexta-feira (19/06).

O policial penal que estava internado na rede hospitalar particular do DF com a Covid-19 recebeu alta.

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou, em nota, que, desde que os casos de contaminação pelo coronavírus foram detectados no DF, tem adotado uma série de medidas para resguardar reeducandos e policiais penais, em parceria com a Secretaria de Saúde, a Vara de Execuções Penais (VEP) e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Segundo a Seap, as informações sobre mortes de detentos e o total de internos infectados serão divulgadas no boletim diário da Saúde. “Em relação aos policiais penais, até as 16h dessa sexta-feira (19), 17 agentes estão com teste positivo para o coronavírus e 235 se encontram recuperados. Um policial penal faleceu no dia 17/5, por complicações decorrentes da Covid-19”, detalhou a pasta.

Os agentes que testaram positivo foram afastados das atividades. Os casos leves dos reeducandos são acompanhados nos departamentos de saúde das próprias penitenciárias. Os graves seguem para o Hran.

A Seap adverte que, como parte dos que testaram positivo aguardam resultado de contraprova, os dados podem mudar a partir dos resultados dos exames. “A alta testagem realizada nos presídios do DF, desde o início dos primeiros casos da doença no DF, permitiu a adoção imediata de medidas preventivas e de isolamento”, completou.

Já fora aplicados mais de 6 mil testes em internos e policiais penais. De acordo com dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), o DF é a unidade da federação responsável por cerca de 50% de todos os testes realizados no sistema penitenciário do Brasil.

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