Presídios do DF ficam sem scanners corporais por falta de manutenção
Dois dos oito equipamentos distribuídos no sistema prisional do DF estão quebrados. Devido à falta do aparelho, os agentes penitenciários precisam fazer revistas íntimas manuais
atualizado
Compartilhar notícia
Dois dos oito scanners corporais do sistema prisional do DF estão sem funcionar devido à falta de manutenção. A ausência dos equipamentos atinge duas das quatro unidades prisionais do Complexo Penitenciário da Papuda: a Penitenciária do Distrito Federal I (PDF I) – que tem um aparelho reserva – e o Centro de Detenção Provisória (CDP). No último, o único scanner disponível está quebrado e todos os visitantes precisam passar por revista íntima manual. As informações são do portal G1.
Os equipamentos têm a função de vistoriar cavidades do corpo humano para identificar objetos com entrada proibida nos presídios, como drogas, armas e celulares. Os oito aparelhos foram adquiridos em 2013, a R$ 392,7 mil, cada. O contrato previa garantia de dois anos, que acabou em 2015. Desde então, as peças não têm manutenção.A Secretaria de Segurança do DF afirmou ao G1 que já está em andamento uma licitação para contratar empresa que faça o conserto dos aparelhos. Mesmo com os reparos, no entanto, os equipamentos ainda não devem ser suficientes para atender a demanda: “Com a existência de somente um scanner, aproximadamente de 20% a 25% [dos visitantes] passam pelo aparelho e o restante, pela revista íntima”, afirmou o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindpen), Leandro Allan.
A realização desse tipo de revista é polêmica tanto entre agentes penitenciários quanto visitantes. A técnica é considerada constrangedora porque o revistado precisa ficar nu e se agachar para mostrar que não esconde nada no corpo.
O DF tem, atualmente, cerca de 15 mil presos. A situação é de superlotação, já que a estimativa é de que os presídios consigam suportar metade desse número. Segundo a Secretaria de Segurança, a maior parte dos presos do DF têm entre 18 e 25 anos, são reincidentes, têm baixa renda e envolvimento com tráfico de drogas. (Informações do G1-DF)