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Presídios do DF ficam sem scanners corporais por falta de manutenção

Dois dos oito equipamentos distribuídos no sistema prisional do DF estão quebrados. Devido à falta do aparelho, os agentes penitenciários precisam fazer revistas íntimas manuais

atualizado

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Andre Borges/Agência Brasília
scanner corporal
1 de 1 scanner corporal - Foto: Andre Borges/Agência Brasília

Dois dos oito scanners corporais do sistema prisional do DF estão sem funcionar devido à falta de manutenção. A ausência dos equipamentos atinge duas das quatro unidades prisionais do Complexo Penitenciário da Papuda: a Penitenciária do Distrito Federal I (PDF I) – que tem um aparelho reserva – e o Centro de Detenção Provisória (CDP). No último, o único scanner disponível está quebrado e todos os visitantes precisam passar por revista íntima manual. As informações são do portal G1.

Os equipamentos têm a função de vistoriar cavidades do corpo humano para identificar objetos com entrada proibida nos presídios, como drogas, armas e celulares. Os oito aparelhos foram adquiridos em 2013, a R$ 392,7 mil, cada. O contrato previa garantia de dois anos, que acabou em 2015. Desde então, as peças não têm manutenção.

A Secretaria de Segurança do DF afirmou ao G1 que já está em andamento uma licitação para contratar empresa que faça o conserto dos aparelhos. Mesmo com os reparos, no entanto, os equipamentos ainda não devem ser suficientes para atender a demanda: “Com a existência de somente um scanner, aproximadamente de 20% a 25% [dos visitantes] passam pelo aparelho e o restante, pela revista íntima”, afirmou o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindpen), Leandro Allan.

A realização desse tipo de revista é polêmica tanto entre agentes penitenciários quanto visitantes. A técnica é considerada constrangedora porque o revistado precisa ficar nu e se agachar para mostrar que não esconde nada no corpo.

O DF tem, atualmente, cerca de 15 mil presos. A situação é de superlotação, já que a estimativa é de que os presídios consigam suportar metade desse número. Segundo a Secretaria de Segurança, a maior parte dos presos do DF têm entre 18 e 25 anos, são reincidentes, têm baixa renda e envolvimento com tráfico de drogas. (Informações do G1-DF)

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