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Presidente de CPI do DF critica proposta de CPMI e vê erro de liderança do governo

Chico Vigilante (PT) preside CPI que investiga atos golpistas a nível distrital, mas vê CPMI federal como “palanque para extrema direita”

atualizado

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Breno Esaki/Metrópoles
Deputado Chico Vigilante (PT) preside CPI da CLDF
1 de 1 Deputado Chico Vigilante (PT) preside CPI da CLDF - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Enquanto está em andamento uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Legislativa que investiga atos golpistas a nível distrital, parlamentares discutem a polêmica Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar os atentados contra a democracia no Congresso Nacional. Para o presidente da CPI do Distrito Federal, porém, a CPMI seria um erro.

Chico Vigilante (PT) preside os trabalhos da CPI na Câmara Legislativa, que já ouviu seis depoentes desde março. Segundo ele, um trabalho semelhante de deputados federais e senadores, como está sendo discutido atualmente, seria um grande palanque para a direita. “O que está acontecendo no Congresso Nacional, na verdade, é uma jogada dos bolsonaristas que não querem apurar nada, eles querem atacar o governo”, avalia.

O presidente da CPI na CLDF ainda vê que “a liderança do governo no Congresso Nacional está errando”. “Acho que deveriam ter proposto a criação de uma CPI nos moldes que foi a CPI da Pandemia. Ter instalado essa CPI e estar aí fazendo a investigação real que tem que ser feita, e não dar palanque para extrema direita. Portanto, o governo errou”, declarou.

Desde o início do ano legislativo, parlamentares da oposição a Lula (PT) pressionam o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pela instalação de uma CPMI. Para que o colegiado seja instalado, é necessária a adesão de 171 deputados e 27 senadores.

Nessa quarta-feira (19/4) pela noite, após a divulgação das imagens pela rede CNN que mostram o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, dentro do Palácio do Planalto durante a invasão do prédio em 8 de janeiro, líderes da base governista decidiram apoiar a Comissão Mista.

Chico pondera que quando começaram os atos antidemocráticos, em 12 de dezembro de 2022, o país era governado por Jair Bolsonaro (PL). “Já no dia 8 de janeiro, o governo nem estava montado direito, como não está ainda. Ainda tem muita extrema direita infiltrada dentro do governo e o GSI estava povoado de integrantes das Forças Armadas de extrema direita lá dentro.”

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