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Um ano após a eleição de Rollemberg, sobram promessas não cumpridas

O Metrópoles listou as principais propostas feitas pelo socialista ao longo da disputa eleitoral. Governador honrou pouquíssimos compromissos e, em vez de valorizar os servidores, travou batalhas com várias categorias do funcionalismo

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Michael Melo/Metrópoles
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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Há exatos 365 dias, Rodrigo Rollemberg (PSB) se consagrava governador do Distrito Federal. Da janela da casa da mãe, Teresa Sobral Rollemberg, na 206 Sul, o socialista comemorou a vitória pouco depois das 17h30, quando 93% das urnas estavam apuradas. Por volta das 19h, com 100% de certeza de que assumiria a principal cadeira do Palácio do Buriti, com 812.036 votos (55,56%), o então senador foi até o pilotis do prédio e deu a primeira entrevista como governador eleito.

Naquele momento, ao lado da mãe e da mulher, Márcia, Rollemberg reforçou que não era o “salvador da pátria”, mas que a “geração Brasília”, liderada por ele à frente do Governo do Distrito Federal, resgataria o sonho de Juscelino Kubitschek. O político prometeu transparência total e abertura do orçamento para a população, além de uma série de melhorias na gestão, na educação, na saúde, na segurança, na mobilidade e em várias outras áreas.

Rollemberg também fez questão de afirmar que não lotearia o governo com indicações políticas e reafirmou uma das promessas de campanha: a implantação do bilhete único para o transporte. A proposta foi feita em resposta ao concorrente Jofran Frejat (PR), que prometia tarifa de ônibus a R$ 1.

Desculpas
Passado um ano desde a vitória de Rollemberg nas urnas, o Metrópoles listou as principais promessas do socialista ao longo da disputa eleitoral. Alegando crise financeira e respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o governador não honrou a maioria.

Além de desapontar a população, o governador conseguiu angariar a antipatia dos servidores públicos locais, por se recusar a pagar os reajustes salariais aprovados a 32 categorias. O aumento, aprovado em 2013, foi dividido em três parcelas. As duas primeiras já foram aplicadas, há dois anos e em 2014, respectivamente. Falta a deste ano.

Como resultado, a capital do país enfrenta uma série de greves nas áreas que Rollemberg prometeu reestruturar.

Confira os principais compromissos que Rollemberg assumiu na campanha

SAÚDE
>> UPAs com médicos
Como está: sem médicos, o GDF chegou a fechar a UPA de Sobradinho, mas a reabriu no mesmo dia
O que o GDF diz: para reforçar o atendimento nas UPAs, a Secretaria de Saúde ampliou a jornada de trabalho de 200 profissionais, de 20 para 40 horas semanais
>> Devolução de impostos de remédios
Como está: o GDF não cumpriu a proposta e ainda vetou projeto da deputada Liliane Roriz (PRTB) que reduzia os impostos de medicamentos genéricos
O que o GDF diz: o Legislativo apresentou o projeto, mas a iniciativa deveria ter partido do Executivo. Dessa maneira, foi vetado por vício de iniciativa. Além disso, devido à atual crise financeira do DF, no momento, não é possível realizar essa redução
>> Garantia de realização de exames e cirurgias
Como está: pacientes continuam enfrentando filas e dificuldades para conseguir atendimento na rede pública de saúde
O que o GDF diz: há filas de espera em algumas especialidades por conta da alta demanda. Com a paralisação dos servidores da saúde, as cirurgias eletivas foram suspensas, mas as de urgência estão sendo realizadas
MOBILIDADE
>> Bilhete único
Como está: não cumpriu a promessa e ainda aumentou a tarifa de ônibus
O que o GDF diz: o principal compromisso para a área de mobilidade está em andamento, com o desenvolvimento do recadastramento de validadores, reprogramação e racionalização de linhas e contratação de projeto piloto de sistema de bilhetagem automática
>> Expansão do metrô, com início de obras em 2016
Como está: não saiu do papel
O que o GDF diz: o edital para o início da construção da obra da nova estação em Samambaia deve sair em até 40 dias. O governo diz que haverá mais uma estação na cidade, duas em Ceilândia e uma na Asa Norte. Todo o projeto custará R$ 557 milhões
EDUCAÇÃO
>> Professores valorizados
Como está: insatisfeita e sem reajuste, a categoria está em greve
O que o GDF diz: a partir de 2016, será criado, implantado e implementado o plano de valorização e qualificação dos profissionais da Educação. Serão garantidos o acesso a tecnologias e a conteúdos que promovam o desenvolvimento do corpo docente, por meio da ampliação do acesso à internet e aos equipamentos nas escolas.
>> Escolas em tempo integral
Como está: em fase de implantação, com prazo de nove anos para concluir apenas 60%
O que o GDF diz: o governo sancionou o primeiro Plano Distrital de Educação do DF, que prevê, até 2024, educação em tempo integral em 60% das escolas, com atendimento de pelo menos um terço dos estudantes
>> Reformas nas escolas
Como está: não concluído
O que o GDF diz: foram realizados consertos nos sistemas elétrico, hidráulico e de esgoto e reposição de telhado em 340 escolas, das 657 unidades educacionais. O valor total investido na ação foi R$ 3.640.834,16
SERVIDORES PÚBLICOS
>> Plano de cargo e salário dos policiais e bombeiros
Como está: não foi implementado
O que o GDF diz: está em discussão, tendo em vista que é necessária a apresentação de um projeto de lei que será encaminhado ao Congresso Nacional
>> Valorização do servidor público
Como está: servidores reclamam da desvalorização e fazem greves
O que o GDF diz: o governo planeja implementar política que vise à readequação do servidor com base no perfil de competências e das necessidades das unidades
>> Nomeação de concursados
Como está: poucas nomeações
O que o GDF diz: ao extrapolar o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo fica impedido de nomear novos servidores. A exceção é a contratação de servidores da saúde, da educação e da segurança para substituição de aposentadorias e mortes
INVASÕES
>> Monitoramento por satélite das ocupações irregulares
Como está: não foi feito
O que o GDF diz: está em fase de licitação a contratação de uma empresa para fazer esse monitoramento
>> Regularização de ocupações irregulares
Como está: em andamento
O que o GDF diz: atualmente, há 300 processos de regularização em tramitação
OUTROS
>> Eleição de administradores regionais
Como está: não foi feita, e a maioria dos atuais administradores foi indicada pelos deputados distritais
O que o GDF diz: uma comissão trabalha na elaboração do projeto de lei da eleição, que será  encaminhado à Câmara Legislativa
>> Melhorias nos restaurantes comunitários
Como está: além de não construir novas unidades, o governo aumentou o preço das refeições, de R$ 1 para R$ 3
O que o GDF diz: promete inaugurar o restaurante comunitário do Sol Nascente até dezembro

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