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Sandra Faraj atualiza versão sobre pagamentos a prestadora de serviço

Em março, deputada disse que usou R$ 150 mil guardados em casa para pagar parcelas. Agora, afirma que esse dinheiro só quitou a 1ª prestação

atualizado

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Felipe Menezes/Metrópoles
sandra faraj
1 de 1 sandra faraj - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

A defesa da distrital Sandra Faraj (SD) entregou à Corregedoria da Câmara Legislativa, na noite de terça-feira (18/4), a peça de defesa da parlamentar, que responde a processo de cassação. Parte do documento diverge da versão apresentada à Mesa Diretora em 9 de março, quando o órgão acolheu a denúncia contra a deputada. Sandra é acusada de contratar a empresa Netpub, não pagar pelos serviços prestados e embolsar a verba indenizatória.

Inicialmente, Sandra havia informado que guardava, na própria residência, R$ 150 mil em espécie. Segundo a parlamentar, o valor foi usado para pagar, em parcelas mensais, os serviços prestados pela empresa Netpub. No documento entregue à CLDF na terça (18), ao qual o Metrópoles teve acesso, a defesa da distrital retifica a versão e diz que só usou o dinheiro que mantinha em casa para quitar a primeira prestação acordada com a Netpub.

O restante das parcelas, segundo o documento, foi pago com recursos da própria verba indenizatória, sacada em espécie no banco e repassada à Netpub.

Ao justificar a diferença nas versões, o advogado Cleber Lopes, representante de Sandra Faraj, diz que não há desencontro de informações.

Não há contradição nas versões, pois está tudo nos comprovantes que foram apresentados. Houve apenas um detalhamento maior de como ocorreu o pagamento

Cleber Lopes, advogado de Sandra Faraj

Lopes reforça que a dívida com a Netpub — que totalizou R$ 174 mil — foi integralmente quitada. A declaração é rebatida por Filipe Nogueira, ex-servidor lotado no gabinete de Sandra Faraj. Filipe é casado com a proprietária da Netpub, a empresária Michelly Nogueira.

De acordo com Filipe, a deputada recebia as notas com carimbos de recebido — por exigência da própria parlamentar —, pedia o ressarcimento à Câmara Legislativa, embolsava os valores e não pagava pelo serviço prestado.

Ministério Público
Ao Metrópoles, Filipe criticou, nesta quarta (19), os argumentos da defesa de Sandra. “Ela disse que tinha R$ 150 mil em espécie em casa durante a campanha. Agora, mudou a versão na Câmara e na Justiça. Quem fala a verdade não muda a versão da história”, disse.

Ainda segundo Filipe Nogueira, Sandra Faraj só mudou a versão depois que ele e a esposa prestaram depoimento ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que investiga a distrital.

O corregedor da Câmara Legislativa, deputado Juarezão (PSB), disse ao Metrópoles que ainda vai analisar a defesa de Sandra Faraj e deve usar os 15 dias úteis previstos no regimento da Casa para entregar seu relatório à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar. “Vamos olhar com calma e fazer nosso relatório. Ainda não podemos dar um posicionamento sem antes ver o que a deputada tem a dizer”, afirmou Juarezão.

O prazo para a entrega do relatório do corregedor começou a contar nesta quarta-feira (19) e deve se estender até 11 de maio. A Comissão de Ética terá outros 60 dias para apreciar o caso e definir se o processo de cassação vai ou não ao plenário da Casa. Caso isso ocorra, Sandra poderá ser julgada no início de julho.

Carro penhorado
O prazo para análise do caso de Sandra começou a contar no mesmo dia em que o Metrópoles divulgou uma decisão judicial contra a deputada. A Justiça determinou a penhora de um utilitário Evoque Dynamic 5D, de propriedade do marido da deputada, João Batista Cavalcante Júnior. A decisão faz parte da execução da dívida que a parlamentar teria com a Netpub.

A penhora foi anexada, na segunda-feira (17), ao processo no qual a Justiça determina que Sandra pague R$ 217.630,36 à empresa. O veículo é uma garantia de que os débitos serão quitados caso a deputada seja condenada. De acordo com a tabela Fipe, o utilitário tem preço médio no Brasil de R$ 168.474,48.

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