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PDT diz que negocia retorno de Reguffe. Senador nega e garante que continuará sem partido

Senador está há quase um ano sem legenda, desde que rompeu com a sigla, em fevereiro de 2016, por discordar do apoio do PDT à gestão Dilma

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
julgamento impeachment
1 de 1 julgamento impeachment - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente do PDT, Carlos Lupi, disse que a legenda voltou a se aproximar do senador pelo DF José Antônio Reguffe (sem partido). Segundo Lupi, o parlamentar tem participado de encontros com dirigentes da legenda. De acordo com membros da executiva da sigla, em pauta estaria o possível retorno de Reguffe para a agremiação pela qual ele foi eleito em 2014.

“As conversas existem e estão ocorrendo entre ele e o presidente da executiva local, Georges Michel. Ainda não há uma definição sobre um retorno, por enquanto são negociações”, afirmou Lupi ao Metrópoles. Reguffe, no entanto, foi incisivo ao comentar o assunto com a reportagem: não voltará ao PDT. O senador, que mantém uma relação distante porém diplomática com o ex-partido, assegurou que permanecerá sem partido.

Reguffe deixou o PDT em 17 de fevereiro de 2016 por discordar de algumas posturas da legenda, como as indicações para cargos no governo e o apoio dado pelo grupo à então presidente Dilma Rousseff (PT) às vésperas de seu impeachment. Na ocasião, o senador Cristovam Buarque pediu a desfiliação do PDT e inscreveu-se no PPS. Na época, surgiram especulações de que Reguffe integraria a mesma legenda, o que não se confirmou.

O senador ficou no PDT por 11 anos. Em 2010, após um mandato na Câmara Legislativa, foi eleito o deputado federal proporcionalmente mais votado do país, com 266.465 votos. Em 2014, na disputa pelo Senado, teve votação maior do que a do governador eleito do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB). Por reunir números substantivos de eleitores, Reguffe é um nome disputado na política partidária. As conversas com a antiga legenda existem, mas não necessariamente vão evoluir para um acordo.

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