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Oposição recorrerá ao STF caso Rodrigo Janot seja indiciado em CPMI

Senador Randolfe Rodrigues acusou relatório do deputado Carlos Marun de previsível e feito com intuito de constranger ex-chefe da PGR

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Michael Melo/Metrópoles
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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A oposição promete recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso avance o indiciamento do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Nesta terça-feira (12/12), ao apresentar o relatório final da CPMI da JBS, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) pediu que o ex-chefe do Ministério Público Federal (MPF) responda pelo crime de abuso de autoridade. Após pedido coletivo de vista, o documento será analisado e votado nesta quarta-feira (13/12).

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) advertiu governistas e classificou o ato como “tentativa de constrangimento ilegal”. “Caso prospere a tentativa de indiciar o ex-procurador Janot e outros investigadores da Lava-Jato, sinalizada pelo relator e novo articulador político do governo Temer, iremos ao STF para anular essa tentativa de constrangimento ilegal, assim como pediremos a abertura de investigação, pela PGR, para punir esse abuso de autoridade de parlamentares”, destacou o senador, por meio de nota.

Randolfe ainda chamou o desfecho da CPMI de absolutamente previsível e acusou os autores do relatório de fazer vista grossa aos “negócios sujos dos irmãos Batista”. “Dedicou-se a inverter a relação entre acusados e acusadores, enxovalhando de modo oportunista o instituto da delação premiada e pondo a Lava-Jato no banco dos réus”, concluiu.

Como o Metrópoles antecipou, o senador Ataídes Oliveira (PSDB/TO) pretendia adiar o fim da CPMI, marcado para 22 de dezembro. No entanto, o próprio parlamentar está descrente. “Depois que a comissão sinalizou querer ouvir políticos, acho difícil colhermos as assinaturas necessárias”, pontuou.

Para que a comissão seja adiada por, pelo menos, mais 120 dias, é preciso do aval de um terço do total de senadores, ou seja, 27 dos 81, e um terço dos deputados — 171 dos 513.

Raquel Dodge não se posiciona
Já a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que irá analisar o relatório da CPMI tão logo comunicada pelos parlamentares. “Assim que recebermos haverá análise adequada sobre o tema”.

Ela evitou se posicionar quando questionada se as conclusões dos trabalhos são uma tentativa de intimidar o Ministério Público. “Não me cabe fazer consideração sobre a intenção, o que posso lhes dizer é que, quando receber documentos, haverá análise adequada no momento oportuno”, afirmou.

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