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Magela nega “papel preponderante” em aditivos alvo de suspeita da PF

Ex-secretário publicou nota em sua página pessoal no Facebook em que negou participação em quaisquer atividades suspeitas na condução do programa habitacional Riacho Fundo II

atualizado

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Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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1 de 1 22-04-2014Geraldo-Magela01-Foto-Zeca-Ribeiro-Camara-dos-Deputados - Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Após passar mais de seis horas prestando depoimento à Polícia Federal, o ex-secretário de Habitação do DF e ex-deputado federal Geraldo Magela (PT) publicou uma mensagem em sua página pessoal no Facebook negando ter desempenhando “papel preponderante” na elaboração de aditivos suspeitos do Programa Habitacional Riacho Fundo II — 4ª etapa. Esses aditivos foram alvo da Operação Clã, na manhã desta quinta-feira (2/6). Os policiais investigam a participação de servidores públicos, membros de associações e empresários do ramo da construção civil em condutas que podem configurar a prática dos crimes de corrupção passiva, advocacia administrativa e lavagem de dinheiro.

Magela, que na época dos aditivos era secretário da Habitação, alegou que houve discussões com a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e associações antes de a mudança ser efetivada “não tendo a Sedhab nenhuma ação preponderante”. “E todos estes aditivos foram acompanhados pelos setores jurídicos competentes”, afirmou.

Segundo o delegado Guilherme Siqueira, que participou da operação, a PF investiga um termo aditivo assinado por Magela, em 2013, quando ele era secretário de Habitação no governo Agnelo Queiroz, dando poder de escolha e fiscalização do Programa Minha Casa Minha Vida, no Riacho Fundo II, para 206 associações. “Esse termo causou um estranhamento”, disse. As obras começaram em 2011.

Segundo a assessoria de imprensa do ex-secretário, que assina a peça publicada na rede social, as suspeitas não estão em conformidade com a realidade. “Todas as ações empreendidas pelo ex-Secretário Magela e pela equipe da Sedhab foram no sentido de moralizar o projeto. São absurdas quaisquer conclusões em sentido diferente deste”, disse.

“Não é responsabilidade da Sedhab a contratação de empresas construtoras ou a definição dos associados das cooperativas. De acordo com o convênio, tais responsabilidades são das cooperativas participantes do consórcio”, afirmou a nota, que disse ainda que o ex-secretário prestou todas as informações solicitadas aos policiais.

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