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“Eu acredito no poder da oração”, diz Joaquim Roriz Neto sobre o avô

Herdeiro político do ex-governador do DF concilia agenda de campanha com visitas ao patriarca da família, internado na UTI com pneumonia

atualizado

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Gabriel Pereira / Metrópoles
roriz neto
1 de 1 roriz neto - Foto: Gabriel Pereira / Metrópoles

Aos 26 anos de idade, Joaquim Roriz Neto (Pros) enfrenta a sua segunda eleição para a Câmara dos Deputados. Com o peso de carregar o nome e sobrenome do avô, um dos políticos mais populares do Distrito Federal, o jovem político conquistou 30 mil votos e ficou na primeira suplência, em 2014, depois de substituir a mãe, Jaqueline Roriz (PMN), impedida pela Justiça de concorrer ao cargo a apenas 15 dias da votação.

Neste ano, Joaquim Neto tenta conciliar a agenda de campanha com as visitas ao avô, internado no dia 24 de agosto após ser diagnosticado com princípio de pneumonia. O candidato disse ao Metrópoles, nessa sexta-feira (31/8), que o ex-governador está se recuperando e deve retirar a sonda – responsável pela alimentação parenteral (veja os vídeos abaixo).

“Ele não está muito bem. Teve de ficar entubado, mas está com um acompanhamento médico muito bom. [Os médicos] estão falando que hoje vai poder tirar a sonda e não vai ficar mais entubado. Ele vai sair melhor do que quando entrou”, revelou.

O patriarca do clã Roriz está em observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Brasília. De acordo com o rapaz, o ex-gestor, hoje com 83 anos e graves problemas de saúde — como insuficiência renal crônica, diabetes e Mal de Parkinson —, é sempre lembrado pelos eleitores nas visitas e caminhadas que Neto faz em busca de votos.

“Em todo lugar que vou, as pessoas estão pedindo orações por ele. Fico muito feliz, porque acredito no poder da oração”

Joaquim Roriz Neto, sobre a saúde do avô

Veja o trecho da entrevista:

Cientista político formado pela Universidade de Nova York (EUA), Neto se surpreendeu até mesmo com a postura de inimigos históricos do avô. Ele citou nominalmente o senador Cristovam Buarque (PPS), rival de Roriz nas eleições de 1998 ao GDF, que disse estar preocupado com a saúde do ex-adversário. “São nesses momentos que a gente vê o que realmente é importante. O valor da vida se sobressai à política, e isso é muito bonito”, elogiou.

Herdeiro do clã
Mesmo com a mãe e a tia Liliane Roriz (Pros) impedidas de concorrerem a novos cargos por determinações judiciais, Joaquim Neto garantiu que a insistência familiar não foi o que mais pesou ao ingressar na vida pública. “Sempre defendi que quem entra na política tem de ter preparo. Saí do país para estudar e voltei com a decisão tomada. Tem essa pressão? Tem, um pouquinho, mas nada que me forçou a fazer algo contra a minha vontade.”

Veja o trecho da entrevista:

Entre as propostas de campanha, Neto defendeu a inclusão da juventude nas políticas públicas de Estado e disse apoiar as bandeiras sociais – tema que levou a família Roriz a dar apoio à candidatura de Eliana Pedrosa (Pros) ao Palácio do Buriti. “Os projetos sociais dela são muito bons.”

Apesar do importante aval do clã à ex-deputada distrital, o candidato descartou assumir uma secretaria no GDF no caso de os dois serem aprovados nas urnas. “Se eu for eleito, vou me manter na Câmara Federal”, garantiu.

Veja o trecho da entrevista:

Na entrevista, o postulante disse não se sentir privilegiado no Pros, mesmo com o suporte da legenda para sua campanha de quase R$ 1 milhão do fundo eleitoral. “Acredito que esse valor é destinado a quem o partido enxerga ter mais possibilidade, mas acaba ajudando todos os outros candidatos também. Não ganho mais atenção ou menos por ter o nome Roriz”, pontuou.

“Renovação”
Apesar de ser de uma das famílias mais tradicionais do Distrito Federal, Joaquim Neto garantiu representar uma mudança nestas eleições. “Quero trazer renovação e modernidade para a política do Brasil. A gente precisa ter as pessoas certas nos lugares certos para essa mudança ser efetiva”, destacou.

Veja o trecho da entrevista:

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