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#EleNão: ato contra Bolsonaro reúne sete mil no centro de Brasília

No DF, o ato começou às 15h, na Rodoviária do Plano Piloto e ocorreu de forma pacífica

atualizado

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Ricardo Botelho/Especial para o Metrópoles
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1 de 1 elenao14 - Foto: Ricardo Botelho/Especial para o Metrópoles

O movimento Mulheres contra Jair Bolsonaro, que pela hashtag #EleNão reuniu milhões de apoiadores nas redes sociais, fez neste sábado (29/9) protestos contra a candidatura do capitão da reserva à Presidência da República pelo PSL.

De acordo com a Polícia Militar, cerca de sete mil pessoas participaram do evento, que começou na Rodoviária e terminou na Torre de TV.

O movimento também organizou atos em dezenas de cidades do Brasil, além de vários países, como Argentina, Estados Unidos, Alemanha, Portugal, Austrália, Canadá e Inglaterra, entre outros.

A Polícia Militar reforçou a tropa no local e fez acompanhamento motorizado, montado, de trânsito e a pé. Inicialmente, quatro faixas do Eixo Monumental foram ocupadas. Depois, tudo ficou fechado. Havia bandeiras de vários partidos, como do PT, PSol, PSTU e da Rede. “Nós vamos derrotar esse cara nas ruas”, disse uma mobilizadora no carro de som.

Confira imagens da manifestação:

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Além das bandeiras, as pessoas foram vestidas em camisetas com frases de protesto, entre elas Lute como uma garota e Ele não. “Decidi participar porque vejo nele [Bolsonaro] um atraso para a nossa sociedade. Não visualizo nenhuma esperança nele. O Brasil não precisa de herói disfarçado”, pontuou Sheila de Sousa, corretora de imóveis.

 

Márcio Kosahka, servidor da Secretaria de Saúde e cirurgião-dentista, decidiu participar do movimento: “Estou pela manifestação cidadã contra um cara homofóbico, racista e misógino. Este ato é um alerta a não votar nesse candidato. Ele não!”.

“Estamos em pleno século 21. Não dá pra aceitar um candidato como ele. Quero um Brasil que seja justo para as pessoas, independentemente de gênero, raça ou qualquer outra característica. Quero um presidente que respeite todo mundo”, ressaltou Marina Seraine, geóloga.

Risco de explosão
Durante a caminhada dos manifestantes rumo à Torre de TV, próximo ao Setor Hoteleiro Sul, houve momento de tensão. Um incêndio foi registrado em madeirites que estavam muito perto de cilindros de gás.

Ricardo Botelho/Especial para o Metrópoles

 

O Corpo de Bombeiros foi acionado e a polícia apura o que causou o fogo. As chamas poderiam resultar em explosões e machucar as pessoas.

 

Movimento
Uma das administradoras do grupo que ganhou força nas redes sociais contra Bolsonaro, a baiana Ludimilla Teixeira disse que, agora, o momento é de união para não chorar depois. Ela contou que nunca participou ativamente do movimento feminista nem se filiou a nenhum partido. Envolveu-se no movimento estudantil durante a faculdade de Publicidade e participou do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, em 2002. Aos 20 anos, foi a primeira vez que saiu da Bahia, lembra, e que teve contato com “discussões políticas fundamentadas”.

A ideia de criar o grupo nasceu de uma conversa com uma amiga numa noite em que se questionavam sobre o que fazer para alertar a população acerca das ideias de Bolsonaro, que a jovem considera “fascistas e machistas”.

Depois que o grupo começou a crescer, representantes de candidatos a procuraram, mas, segundo ela, não houve conversa porque “os partidos não queriam dialogar com o grupo e, sim, meu apoio individual”. “Agradecemos a menção e o apoio de todas as frentes, mas nossa proposta é suprapartidária.”

Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) usaram a hashtag em suas propagandas eleitorais e políticos de vários partidos se programaram para participar dos protestos deste sábado.

 

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