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Delator da Lava Jato acusa Filippelli de cobrar propina em obra

Ex-diretor da empreiteira Andrade Gutierrez afirma que Filippelli pediu recursos para abastecer os cofres do PMDB

atualizado

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Brizza Cavalcante/Câmara dos Deputados
tadeu filippelli
1 de 1 tadeu filippelli - Foto: Brizza Cavalcante/Câmara dos Deputados

Ao mesmo tempo em que o ex-vice governador do Distrito Federal Tadeu Filippelli (PMDB) começa a colocar a cabeça para fora na tentativa de se viabilizar nas eleições de 2018, novas delações da Operação Lava Jato podem jogar entulho nesses planos. Um ex-diretor da empreiteira Andrade Gutierrez acusa Filippelli de ter pedido propina milionária para o PMDB.

Segundo o executivo Clovis Renato Numa Peixoto Primo, Filippelli cobrou recursos irregulares referentes às obras do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Na época da construção da arena para a Copa do Mundo de 2014, Filippelli era vice de Agnelo Queiroz (PT). Atualmente, ele ocupa o cargo de assessor especial do presidente Michel Temer (PMDB) e está de olho no comando do Palácio do Buriti.

Mas a delação premiada de Clovis Renato pode resvalar nesse projeto. “O então vice de Agnelo, Tadeu Filippelli, também solicitou à Andrade Gutierrez pagamento de propina via doações de campanha em favor do PMDB, na ordem de 1% do valor do estádio”, disse o executivo, segundo reportagem da revista Veja.

Levando em conta que o valor total do Mané Garrincha foi orçado, na época, em R$ 1,4 bilhão, o PMDB teria recebido pelo menos R$ 14 milhões. No entanto, a fatura da arena superou — e muito — as estimativas. Após a descoberta de uma série de irregularidades, constatou-se que o valor passou para R$ 1,7 bilhão e, segundo o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), o preço final poderá ser de R$ 1,9 bilhão.

Questionado sobre o assunto pelo Metrópoles na noite desta segunda-feira (7/11), Filippelli foi lacônico: “É falso”.

Filippelli é o terceiro nome do primeiro escalão do DF envolvido em desvios do Mané Garrincha, segundo delatores da Lava Jato. De acordo com depoimentos de executivos da OAS e da Andrade Gutierrez, a propina teria sido paga inicialmente para o então governador José Roberto Arruda.

Após o afastamento de Arruda, os recursos passaram a ser destinados ao seu sucessor, Agnelo Queiroz. Até então, os dois ex-governadores eram os principais personagens apontados como integrantes do suposto esquema que envolveu a arena brasiliense. Agora, Tadeu Filippelli entra no círculo de acusações que recaem sobre os ex-gestores do DF.

 

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