metropoles.com

CLDF estuda retorno de verba para passagens e diárias a distritais

Autor da proposta e vice-presidente da Casa, Rodrigo Delmasso defende que os gastos sejam regulamentados para uso dos parlamentares

atualizado

Compartilhar notícia

Michael Melo/Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A Mesa Diretora da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) estuda voltar a conceder a deputados distritais e servidores o pagamento de passagens e diárias para viagens dentro e fora do Brasil. Pouco mais de um ano após o benefício ter sido proibido, o vice-presidente da Casa, Rodrigo Delmasso (PRB), propôs a regulamentação dos gastos e o consequente retorno da destinação de recursos. A proposta de resolução deve ser apreciada no próximo dia 20.

Segundo Delmasso, no passado o uso do recurso não era normatizado na CLDF e, por isso, acabou vetado. “Estou colocando uma proposta para regulamentar a concessão. Antes da proibição, não tinha nenhum critério e acabou sendo vetado. Isso atrapalha quem foi convidado para missões em outros estados ou países. Estou propondo o disciplinamento para essa concessão. Das 27 unidades da Federação, apenas o DF não tem regras para tal”, explicou o vice-presidente.

Ainda em elaboração, a proposta de Delmasso prevê que, para receber o privilégio, o distrital precisará justificar como a viagem vai beneficiar a atuação dele no Legislativo. “Não dá para pagar viagem para que o deputado vá um final de semana para Cuba, comemorar o Dia do Trabalhador de lá; mas para buscar soluções, sim”, destacou o parlamentar.

De acordo com o vice-presidente da CLDF, o projeto vai limitar a emissão de passagens à classe econômica, mesmo para destinos internacionais. Além disso, as diárias não poderão ser usadas em hotéis de alto padrão.

Ainda conforme pontuou Delmasso, ele e 16 parlamentares de outros estados foram chamados a participar de uma missão na Universidade de San Diego, Califórnia, nos Estados Unidos, denominada Lixo Zero. Por não ter verba para tanto, o distrital acabou “declinando” do convite.

“Esse seria um evento muito importante, pois em lugar nenhum do Brasil temos uma política efetiva de reciclagem. Na Califórnia, eles conseguiram isso, o que seria importante para o Distrito Federal. Espero que algum dos outros parlamentares traga a ideia, para que, estando mais próximos, possamos copiar e implantar aqui”, disse ao justificar a ausência.

Novos projetos
Em março de 2018, um pacote de corte de gastos, entre eles o fim da verba indenizatória da Câmara Legislativa, foi apresentado de fachada pela Mesa Diretora. Afinal, internamente, os próprios membros do colegiado trabalharam para derrubar o pacote de medidas, que acabou com a concessão de diárias e passagens. Foco central da proposta, a verba indenizatória, antes de R$ 25 mil, foi reduzida para R$ 15 mil, mas não foi extinta.

Autor do projeto de iniciativa popular denominado Câmara mais Barata, arquivado na semana passada, o Observatório Social de Brasília criticou a atitude de Delmasso. De acordo com o grupo, a sociedade pede a redução dos gastos legislativos.

“A Câmara Legislativa, mais um vez, vai na contramão do que a população quer. Percebemos que temos muitos escândalos por vir. Eles estão criando mais um gasto, mesmo com a vontade da população de economizar, especialmente em casos supérfluos, como viagens”, disparou o diretor de projetos da associação, Guilherme Brandão.

O presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB), afirmou que o caso está em estudo. Segundo o emedebista, a Mesa Diretora irá se manifestar após análise da proposta, em 20 de março.

“Funk do diabo”
Nessa quarta-feira (6/3), Delmasso anunciou que vai procurar o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para denunciar artistas que promoveram “a festa do diabo”, no Riacho Fundo I, durante o Carnaval.

De acordo com nota do próprio distrital, testemunhas criticaram o fato de um cantor se apresentar na presença de crianças com uma boneca presa à virilha. Além disso, condenaram outra ação do grupo musical: distribuir camisinhas ao público.

As letras das músicas de funk também incomodaram moradores, segundo o distrital. Para o vice-presidente da CLDF, a atitude dos artistas violou o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?