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PMDF evita suicídio de 4 adolescentes que participavam do Baleia Azul

Segundo a corporação, os jovens foram encontrados desequilibrados próximo ao Condomínio Privê, na BR-070

atualizado

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1 de 1 istock1 - Foto: iStock

Quatro adolescentes com deficiência auditiva foram impedidos pela Polícia Militar de cometer suicídio. Segundo a PMDF, por volta de 16h35 desta sexta-feira (5/5), os militares abordaram os jovens em atitudes suspeitas ao lado de uma parada de ônibus na BR-070, próximo ao Condomínio Privê. Todos eles estavam chorando muito e se abraçavam o tempo todo, de acordo com a corporação.

Como havia dificuldade na comunicação, pois os jovens falavam apenas em libras, os militares entregaram uma folha de papel a um deles. A moça, então, escreveu “Baleia Azul” e pediu para que eles fossem ao colégio, Centro de Ensino Especial 2, e buscassem uma intérprete.

Os policiais seguiram para o local com os jovens. Na escola, a intérprete conversou os alunos e informou que todos eles estavam participando do jogo. Segundo o tenente Carvalho Santana, dois deles pareciam estar mais propensos a tirar a própria vida. Uma garota que integrava o grupo ficou sonolenta e dizia estar vendo vultos no meio da BR-070. Outro menor, como contaram os adolescentes, precisou ser carregado e retirado da via.

Ainda na escola, os pais dos adolescentes foram chamados para buscá-los. A polícia os orientou a procurar acompanhamento médico para o jovens. Segundo o tenente Carvalho Santana, foi feito apenas um registro interno do ocorrido. “O ideal seria identificar o autor das mensagens, mas, nesse caso, os militares estavam mais preocupados em acalmar e ajudar os jovens”, disse.

Sobradinho
Esse não é o primeiro caso de jovens cumprindo os desafios do jogo Baleia Azul. Em 20 de abril, o Metrópoles mostrou que uma mãe registrou ocorrência na 35ª DP (Sobradinho II) porque a filha estava sendo ameaçada após entrar no jogo.

De acordo com o boletim de ocorrência, a pessoa que mandava a jovem cumprir determinadas tarefas, como se mutilar, disse: “Você vai se arrepender e morrerá de qualquer jeito”. Preocupada, a mãe decidiu acionar a polícia.

Segundo os pais, a adolescente chegou a cumprir três tarefas, incluindo fazer cortes nas mãos, assistir a filmes e ouvir músicas indicadas pelo grupo. Porém, após esses atos, ela teria pedido para deixar a corrente. Em resposta, recebeu as ameaças.

Como funciona
Em geral, adolescentes são chamados para grupos fechados no Facebook e no WhatsApp — ou contatados até mesmo pelo Instagram — para participar do jogo, que consiste em cumprir 50 tarefas preestabelecidas por curadores.

Esses curadores, na maioria das vezes, também são adolescentes com perfis falsos nas redes sociais. Os 50 desafios incluem cortar os braços com facas, assistir a filmes de terror na madrugada, pendurar-se em parapeitos de prédios e, na tarefa final, suicidar-se.

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