O policial militar que matou o bombeiro Walter Leite da Cruz (foto em destaque) em novembro do ano passado foi indiciado por homicídio qualificado. Um outro PM envolvido no caso vai responder por fraude processual, pois, segundo a investigação, tentou adulterar a cena do crime.
Walter levou um tiro enquanto os dois policiais perseguiam um suspeito de agredir a companheira no bairro. O procurado havia sido preso pela manhã por descumprimento à Lei Maria da Penha. À tarde, teria retornado ao local da violência para matar a vítima.
Com a chegada da PM, o agressor pulou um muro e fugiu pelos telhados das casas do Conjunto G, da QNO 6 de Ceilândia. Após alguns minutos, o perseguido entrou na casa do bombeiro.

Suspeito que invadiu casa do bombeiro ao fugir da polícia foi presoMaterial obtido pelo Metrópoles

Crime ocorreu em CeilândiaAna Karolline Rodrigues/ Metrópoles
Quando a polícia chegou ao endereço da vítima, um dos militares atirou contra Walter. Ele alegou que confundiu a vítima com o procurado.
O suspeito de cometer a violência doméstica foi preso e levado para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) II. O bombeiro foi socorrido em estado grave e levado inconsciente para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC). No entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu.
Os nomes dos policiais militares não foram divulgados.
O bombeiro deixou mulher e quatro filhos.