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Pirâmide, extorsão e falso emprego: estelionato no DF aumenta 61%

Em 2021, foram 40.533 registros, um aumento de 61,6% comparado ao ano anterior, quando o número de ocorrências chegou a 25.078

atualizado

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mão masculina digitando em uma caixa de banco
1 de 1 mão masculina digitando em uma caixa de banco - Foto: Unsplash

Dados do 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontam que os crimes de estelionato dispararam na capital do país nos últimos anos. Em 2021, foram 40.533 registros, um aumento de 61,6% comparado ao ano anterior, quando o número de ocorrências chegou a 25.078. Já em 2019, foram registrados 15.815 casos.

O especialista em segurança pública Alexandre Rocha avalia que o aumento significativo deve-se principalmente às novas dinâmicas do crime, ao uso da internet para aplicação dos golpes e alta na notificação das ocorrências por parte das vítimas.

“O estelionato no ambiente virtual é mais fácil, porque o trabalho da polícia em identificar os criminosos é mais complexo. Além disso, os golpes vão se tornando mais difíceis de serem investigados. Logo, os golpistas têm essa facilidade em se ocultarem e sensação de impunidade”, explica Alexandre.

A sofisticação em obter vantagens patrimoniais sem uso da violência também é um agravante. “Por não ser um crime que envolve violência, a punição para quem venha a ser pego no estelionato é menor do que no roubo ou furto, por exemplo. Para aqueles que se especializam nessa prática, também conseguem lesar um maior número de vítimas”, destaca o especialista.

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), entre os principais golpes aplicados no DF, em 2021, destacam-se os pelo aplicativo WhatsApp (612), do motoboy (583), falso sequestro (142), extorsão (93), pirâmide em criptomoedas (50) e falsa promessa de emprego (27).

No golpe do aplicativo de mensagens, a vítima recebe ligação de suposto operador de empresa de telefonia, ou de alguma plataforma de compra e venda, que, através de algum artifício, a convence a digitar um código. Em seguida, o aplicativo é sequestrado pelo criminoso, que passa a pedir dinheiro para os contatos da vítima se passando por ela.

Já o do motoboy, caracteriza-se pelo contato de suposto funcionário do sistema antifraude do banco, dizendo que detectaram movimentações irregulares e que o cartão de crédito/débito da vítima teria sido clonado.

Os criminosos afirmam que vão bloquear o uso do cartão, mas que, para isso, a vítima precisa fornecer determinados dados pessoais. Em seguida, orientam a vítima a entregar o cartão para suposto funcionário, que irá até a residência da vítima, geralmente de moto, buscar o cartão para perícia.

A pena para quem comete crime de estelionato varia de um a cinco ano de prisão, além do pagamento de multa.

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Estelionato pela internet

Conforme estatística produzidas pela PCDF, também houve um aumento no número de crimes de estelionato por meio da internet. Foram registradas 9.928 ocorrências desta natureza em 2021, o que representa alta de 31,9% em comparação com 2020, ano em que a quantidade de registros chegou a 7.524.

O delegado Dário Freitas, da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), explica que o modus operandi nesses crimes virtuais é simples e funciona por meio de links para sites enganosos.

“Eles encaminham o link malicioso no qual solicitam que o indivíduo responda a perguntas simples, que coloque dados pessoais e, até mesmo, dados bancários. Ao final, por vezes, eles pedem que haja o compartilhamento deste link, para que o golpe seja continuado e potencializado, de modo a atingir milhares de pessoas em poucos dias”, detalha Dário.

Nesse sentido, os internautas são orientados pela polícia a evitarem clicar em links duvidosos que prometam prêmios, benefícios ou qualquer tipo de brinde. “Desconfie também de mensagens sensacionalistas ou com ofertas muito vantajosas. Antes de compartilhar para outras pessoas, verifique a veracidade daquela informação, busque confirmar em sites oficiais”, ressalta o delegado.

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