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PF investiga invasão no prédio do Ministério do Trabalho

Servidores encontraram salas reviradas e muito papel espalhado. Local foi ocupado por investigado pela Operação Espúrio, que apura fraudes

atualizado

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perícia 3
1 de 1 perícia 3 - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A Polícia Federal abriu inquérito, nesta segunda-feira (16/7), para investigar uma invasão na sede do Ministério do Trabalho. Logo cedo, por volta das 8h da manhã, servidores encontraram salas reviradas e muito papel espalhado.

O alvo dos invasores foi o primeiro andar, conhecido como sobreloja, onde funciona o setor de seguro-desemprego e emissão de Carteiras de Trabalho. De acordo com a assessoria do órgão, não há sinal de arrombamento nas portas do prédio. Todos os funcionários que trabalham nas secretarias do andar foram dispensados.

A PF fez a perícia e passou mais de três horas no edifício, que teve as principais saídas isoladas. Foram colhidos indícios importantes para a identificação dos autores. Do lado de fora, um dos peritos federais realizou um procedimento em busca de digitais. Imagens do circuito interno de segurança mostraram um homem andando pelo corredor do ministério às 23h49 de domingo (15).

No primeiro andar, também há computadores que armazenam um grande volume de dados e informações, conhecido como “big data”.

Nas salas invadidas funcionam a Secretaria de Políticas para Emprego. Em 2016, o setor foi chefiado por Leonardo Arantes, preso no mês passado durante uma das fases da Operação Espúrio, que investiga fraudes em registros sindicais e pagamento de propina.

Leonardo é sobrinho do deputado federal Jovair Arantes (PTB), que também é investigado. Os dois negam irregularidades.

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Operação Registro Espúrio
O ministério é alvo da Registro Espúrio, deflagrada no fim de maio. Por este motivo, os policiais federais vão verificar se as salas invadidas têm documentos relacionados com a diligência. A operação obrigou a pasta a fazer um pente-fino nos processos de registro de sindicatos.

O Ministério Público do Trabalho (MPT), além da PF e do Ministério Público Federal (MPF), também investiga as fraudes. A medida é uma reação à nova fase da força-tarefa, que provocou a queda do ministro Helton Yomura no dia 5 de julho. O envolvimento de políticos e servidores no esquema está sob apuração.

Além de Yomura, são alvo da operação, em diferentes fases, o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, pivô do escândalo do mensalão do PT, e os deputados Jovair Arantes (PTB), Paulinho da Força (Solidariedade), Wilson Filho (PTB) e Nelson Marquezelli (PTB). A deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha de Jefferson, também é investigada na ação da PF.

O novo ministro do Trabalho, Caio Vieira de Mello, suspendeu todos os procedimentos de análise e as publicações relativas a processo de registro sindical na pasta pelo prazo de 90 dias. O ato, um dos primeiros do advogado mineiro no cargo, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) do dia 12 de julho. A medida não atinge processos que devem ser cumpridos por determinação judicial.

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