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PCDF e PCRJ prendem líder de grupo criminoso que torturava devedores no DF

Márcio Rogério de Sousa Pinto tinha seis mandados de prisão em aberto. Ele acabou detido no Rio de Janeiro

atualizado

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RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
Policial civil do DF
1 de 1 Policial civil do DF - Foto: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

O lutador e professor de MMA Márcio Rogério de Sousa Pinto, que tinha seis mandados de prisão em aberto por suspeita de cometer os crimes de tortura, homicídio, cárcere privado, ocultação de cadáver, roubo, corrupção de menores, extorsão mediante sequestro, estupro e associação criminosa, foi preso por policiais civis do Distrito Federal e do Rio de Janeiro no bairro de Guaratiba, na capital carioca.

Segundo informações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em 2018, o grupo criminoso liderado por Márcio, natural do Rio de Janeiro, aterrorizou várias comunidades de Planaltina, no Distrito Federal.

Os integrantes da associação criminosa de tráfico de drogas praticavam seguidos atos violentos, como ameaça, sequestro e cárcere privado, extorsão, roubo, lesão corporal, estupro, porte ilegal de arma de fogo, corrupção de menores, tortura, ocultação de cadáver e homicídio tentado e consumado.

Veja vídeo da prisão:

Segundo a investigação, os acusados construíram uma cisterna para torturar e matar pessoas por dívidas de drogas.

Diante da gravidade dos fatos e após intensas apurações, concluídas por policiais da 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina), foram expedidos mandados de prisão contra os integrantes da associação.

Durante as várias fases da Operação Cruciatus, foram cumpridos mandados de prisão, à exceção do líder, que havia fugido da capital federal.

A Operação Cruciatus – a expressão vem do latim “maldição da tortura” – teve início em maio de 2018, após investigadores localizarem um cadáver enterrado próximo ao córrego de área de mata fechada no bairro de Fátima, em Planaltina.

Os policiais identificaram que o homem enterrado em uma cova rasa apresentava sinais de tortura. Elton Nascimento, 33 anos, teve o corpo incendiado pelos criminosos, mas, antes, passou por uma sessão de tortura que teria durado cerca de 5h. Tudo por uma dívida de R$ 480.

Antes de ser torturado, Elton foi espancado e jogado em uma cisterna que existe no terreno onde morava Márcio Rogério.

Veja mais imagens da operação:

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Ainda de acordo com a PCDF, em seu período de fuga, Márcio passou, inclusive, por países da América Latina, como Paraguai e Uruguai, até que, em novembro de 2020, as diligências investigativas mostraram que ele havia retornado ao Rio de Janeiro, onde novamente se associou para o tráfico de drogas no bairro de Guaratiba.

Com as informações, a Polícia Civil do Rio de Janeiro PCRJ), por meio da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), localizou o foragido e cumpriu mandados de prisão expedidos pela Justiça do DF.

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