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Orla do Paranoá livre e altas temperaturas elevam casos de afogamento no DF

Número já ultrapassa as ocorrências de todo o ano de 2014, segundo dados do Corpo de Bombeiros. Confira as dicas para evitar acidentes

atualizado

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Corpo de Bombeiros/Divulgação
1 de 1 Corpo de Bombeiros/Divulgação - Foto: null

A combinação das altas temperaturas registradas este ano com a desobstrução da orla do Lago Paranoá contribuiu para o aumento do número de afogamentos na cidade, segundo o Corpo de Bombeiros. Em busca de refresco e diversão, 48 brasilienses se afogaram no Distrito Federal até outubro, dos quais 17 perderam a vida. Os números já superam os de todo o ano passado, quando foram registrados 36 afogamentos e 12 mortes.

De acordo com o tenente Victor Mendonça, da Companhia de Salvamento Aquático do Corpo de Bombeiros, os maiores índices de afogamentos costumam ser registrados entre janeiro e fevereiro, por conta das férias escolares. Porém, este ano chamou a atenção a quantidade de ocorrências registradas em setembro, justamente após o início da desobstrução da orla do lago.

Muitas pessoas passaram a frequentar a região. Quanto mais gente usando, mais chances de afogamento.

Tenente Victor Mendonça

Foram 13 ocorrências atendidas em setembro contra apenas uma no mesmo período do ano passado. O número representa 27% de todos os casos registrados pelo Corpo de Bombeiros em 2015. Entre os óbitos, a maioria é de homens e jovens.

Daniel Ferreira/Metrópoles
Brasilienses aproveitam os dias quentes para curtir o Lago Paranoá*Daniel Ferreira/Metrópoles**

 

Casos recentes
Em outubro, um jovem de 18 anos morreu após se afogar no Lago Paranoá. Os parentes de Douglas Rodrigues acionaram o Corpo de Bombeiros assim que ele sumiu na água. Duas lanchas e uma equipe de resgate da corporação socorreram o rapaz, que não resistiu e acabou morrendo no hospital.

Outro caso com óbito foi registrado no último sábado (7/11). Na data, um rapaz de aproximadamente 20 anos se afogou perto da Ponte do Bragueto, no Lago Norte. Ele nadava com dois amigos, que não conseguiram salvá-lo. Alexandre Henrique foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros a uma profundidade de aproximadamente 2,5 metros. Militares da corporação e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tentaram reanimá-lo por 40 minutos, mas não obtiveram sucesso (vídeo).

 

Os bombeiros alertam que em muitos casos os afogamentos ocorrem após o consumo excessivo de álcool, o que reduz os reflexos, contribuindo para os acidentes.

Se você está pensando em nadar neste fim de semana, fique atento às recomendações:

  • Evite nadar sozinho
  • Não tome bebida alcoólica antes de entrar na água
  • Não mergulhe após lanches e refeições
  • Não se afaste da margem
  • Não salte de locais elevados para dentro da água
  • Não tente salvar pessoas em afogamento sem estar devidamente habilitado
  • Não deixe crianças sozinhas, sem a presença de um adulto responsável, em locais próximo a lagos, rios, piscinas, caixas de água e recipientes grandes com água
  • Identifique nas proximidades a existência do salva-vidas e permaneça próximo a ele
  • Evite brincadeiras de mau gosto como os conhecidos “caldos”
  • Preste atenção na água; muitas vezes a observação é suficiente para perceber alterações que levam a concluir que está poluída ou é perigosa para banho
  • Tome cuidado em caminhar sobre as superfícies rochosas, pois podem estar escorregadias e a pessoa pode cair e/ou se cortar
  • Evite brincadeiras fingindo que está se afogando, pois além de perturbar a paz pública, havendo um afogamento verdadeiro as pessoas podem não dar importância pensado em se tratar de outra brincadeira de mau gosto.

 

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