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Onda de assaltos no Lago Sul aumenta sensação de insegurança dos moradores

O sentimento piorou neste sábado (1º/4), quando um homem roubou uma moto, na altura do Gilberto Salomão

atualizado

Daniel Ferreira/Metrópoles

A sensação de insegurança gerada por casos de assaltos recentes preocupa moradores do Lago Sul. O sentimento piorou neste sábado (1º/4). Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), um homem roubou uma moto, na altura do Gilberto Salomão, e cometeu uma série de tentativas de roubo em motociclistas e pedestres até a quadra 315 Sul, onde foi baleado, socorrido e preso. Mas a Polícia Civil do DF (PCDF) nega que o primeiro roubo tenha ocorrido no shopping da região.

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No início do mês, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu um homem de 23 anos por crimes de roubo e coação na região. Segundo as investigações, ele fingia ser um mendigo para ameaçar, roubar e extorquir dinheiro de frequentadores e comerciantes da QI 5, no Gilberto Salomão, no Lago Sul.

“Atribuo isso [sensação de insegurança] muito àquela estatística mentirosa de que o Lago Sul é o bairro mais rico do Brasil”, avalia a presidente do Conselho Comunitário do Lago Sul Natanry Osório, 84 anos.

Levantamento FGV

A presidente do Conselho Comunitário da região se refere a um levantamento realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) Social responsável por apontar que caso fosse um município, o Lago Sul seria o mais rico do país.

Segundo o Mapa da Riqueza, a renda média do morador do Lago Sul é de R$ 23,1 mil. O segundo município a aparecer no ranking nacional é Nova Lima (MG), onde a remuneração média é de R$ 8,8 mil.

Também na região, a média de patrimônio concentrado pelos moradores é de R$ 1,4 milhão. O valor é maior que a média de todo o DF: R$ 95 mil.

A renda média per capita — por pessoa — na região administrativa do Distrito Federal é três vezes maior do que a do município que ficaria em segundo lugar.

O estudo utilizou dados do Imposto de Renda de Pessoas Físicas (IRPF) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

“Vem aquela fantasia e isso atrai meliantes, ladrões. Vamos para o bairro milionário, lá vai ser fácil para a gente roubar”, lamenta Natanry.

Dados SSP

Dados mais recentes da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) apontam que ao menos seis crimes contra o patrimônio foram registrados no Lago Sul em fevereiro deste ano. Em 2022, no mesmo mês, foram apenas duas ocorrências entre o somatório de roubos a transeunte; de veículo; em coletivo; em comércio; em residência e furto em veículo.

Procurada, a pasta não respondeu ao pedido de divulgação dos dados referentes ao mês de março deste ano. O levantamento ainda não foi publicado.

 






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