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No Sol Nascente, moradores reclamam de obra entregue “pela metade”

Governador Rodrigo Rollemberg esteve no local, domingo (10/6), para entregar infraestrutura no trecho 1

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
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1 de 1 sol nascente - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Pré-candidato do PSB à reeleição, o governador Rodrigo Rollemberg cumpre agenda extensa de inaugurações. Segundo a legislação eleitoral, a partir do dia 7 de julho o socialista não poderá mais participar de eventos dessa natureza, caso seu nome seja confirmado pelo partido. A pressa tem feito o número um do Palácio do Buriti inaugurar obras não concluídas. Foi o que ocorreu no domingo (10/6), no trecho 1 do Sol Nascente, em Ceilândia.

Segundo o GDF, as obras de infraestrutura no local tiveram início em fevereiro de 2015, e envolvem, entre outras benfeitorias, pavimentação e rede de drenagem. O investimento foi de R$ 58,8 milhões, provenientes da Caixa Econômica Federal e de contrapartida do governo de Brasília.

Rafaela Pereira, que mora há dez anos na região, foi à solenidade contrariada. De acordo com ela, o serviço foi entregue “pela metade”. A quadra 204, também no trecho 1, permanece sem luz, água e pavimentação. “Centenas de famílias ficaram desassistidas, sem qualquer condição de moradia. O que está sendo feito é apenas uma maquiagem eleitoreira”, reclamou. A reportagem percorreu o local e constatou, ainda, que a rua 203 também não recebeu melhorias.

Ela e um grupo de moradores (foto em destaque) criticaram “o descaso” do governo por terem ficado fora das melhorias. Técnicos do GDF tentaram acalmar a fúria deles, explicando que as ruas estão em áreas de proteção ambiental.

Por conta disso, as licenças do Instituto Brasília Ambiental foram liberadas depois do início das obras nas demais ruas. No entanto, prometeram começar a pavimentação dos trechos não concluídos em 30 dias.

Outros trechos
Para as obras de regularização, o Sol Nascente foi dividido em três trechos. As intervenções totalizam investimento de R$ 220 milhões e beneficiarão aproximadamente 100 mil habitantes. A maior parte dos recursos (75%) vem de financiamento com a Caixa Econômica Federal, e os 25% restantes, do GDF.

O Setor Habitacional Sol Nascente foi criado em 2008. Em 2013, levantamento do IBGE colocou a região como a maior favela da América Latina.

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