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OAB cria comissão para acompanhar inquérito de jovem morta após rave

Morte de estudante Ana Carolina Lessa, na segunda-feira (25), é cercada de mistério e versões conflitantes

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Ana Carolina
1 de 1 Ana Carolina - Foto: Facebook/Reprodução

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), Juliano Costa Couto, informou ao Metrópoles que irá nomear uma comissão de advogados para acompanhar o inquérito que apura a morte da estudante de enfermagem Ana Carolina Lessa, 19 anos, na segunda-feira (25). A jovem morreu horas após ser encontrada em uma casa em Ceilândia, na madrugada de domingo para segunda, vítima de duas paradas cardíacas e falência renal.

O caso é cercado de mistério. Ela saiu de casa, em Arniqueiras, na tarde de sábado (23) para o Arraiá Psicodélico, festa de música eletrônica realizada na zona rural do Recanto das Emas. Relatos de pessoas que a viram durante o evento se contradizem.

O estudante Lucas Brito, 21 anos, foi o responsável por levar a moça da festa para uma casa no Pôr do Sol, em Ceilândia, no domingo à tarde. Ela ficou ali até a madrugada de domingo para segunda, quando foi leva para sua residência.

Lucas conta ter chegado ao evento aproximadamente às 22h de sábado e só encontrado Carolzinha – como ela era chamada pelos mais próximos – no domingo, por volta das 14h. Segundo o rapaz, Ana Carolina estava deitada numa canga, com os olhos arregalados e a boca inchada. Ele teria ligado para a melhor amiga da estudante, Jaissa Barbosa da Silva, 19, para perguntar o que deveria fazer.

Apesar de Lucas ter dito que localizou Ana Carolina desacordada no domingo à tarde, um outro colega da jovem deu outra versão. De acordo com Isaac Barbosa da Silva, 20, nesse horário a universitária aparentava estar bem. “Até me assustei, porque nas condições nas quais a vi à noite, no sábado, achei que ela já estivesse em casa. Estava um pouco machucada, mas parecia bem melhor. Inclusive até dançando um pouco”, disse.

De acordo com Isaac, Ana Carolina só parecia descontrolada na madrugada. “Ela derrubou várias mesas do bar. Chegava a correr e se jogar com tudo na grade e depois começou a rastejar no chão feito cobra“, detalhou.

Investigação
Outro ponto conflitante para os investigadores é quanto ao suposto uso de drogas feito pela estudante durante a festa. Amigos e familiares são unânimes em dizer que Carolzinha nunca consumiu entorpecentes e acreditam que, caso a ingestão de psicotrópicos se confirme, ela tenha sido forçada a usá-los ou tenha ingerido sem saber.

No entanto, conforme a versão dada por Lucas aos investigadores, a jovem teria lhe confessado ter ingerido LSD e ecstasy ainda no início da festa.

Após dar entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Mateus, no Cruzeiro, na manhã de segunda, os médicos constataram que havia ferimentos na região genital e ânus. A estudante de enfermagem teve duas paradas cardíacas e falência renal no hospital.

O Instituto Médico Legal (IML) coletou material para apurar a suspeita de estupro, mas o exame que pode comprovar a hipótese ainda não ficou pronto. Também é esperado o laudo que confirmará se havia sinais de entorpecentes no corpo da estudante, que foi sepultado nesta quarta (27).

O caso é investigado pela equipe da 3ª Delegacia de Polícia, no Cruzeiro.

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