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No DF, viaturas do Samu rodam sucateadas e sem médicos

Nenhuma ambulância com médico do Samu estava em operação na terça-feira (26/9). Entre as 30 básicas, 10 estavam paradas

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Viatura do Samu - Metrópoles
1 de 1 Viatura do Samu - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Nenhuma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) conta com o suporte de um médico no  Distrito Federal. Segundo servidores, o resgate público enfrenta uma nova crise de sucateamento e falta de pessoal.

De acordo com pesquisa no Sistema Eletrônico de Informações (SEI), apenas uma unidade de suporte avançado (USA), com um médico, rodava às noites de segunda-feira (25/9).

Veja a documentação:

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Na manhã de terça-feira (26/9), nenhuma USA estava à disposição da população. Em nova consulta, no começo da tarde, o Samu não tinha viaturas com médicos para resgates nas ruas e transferências de pacientes.

Sem médicos para completar as equipes de resgate, o Samu transformou 6 USAs em unidades de suporte intermediário (USIs). Entre as 30 unidades de suporte básico (USB), 10 estão fora de circulação.

Para servidores, a situação é caótica e há risco de vidas serem perdidas. Na manhã de terça-feira, havia pedidos de transferência de pacientes em estado grave em aberto. Sem USA com médico, o deslocamento era impossível.

O Metrópoles conversou com servidores. Para evitar possíveis perseguições, as identidades deles serão preservadas. Os relatos são preocupantes, e muitos questionam o cumprimento do contrato de manutenção.

15 minutos

“Novamente estamos com problemas nas manutenções das ambulâncias do Samu”, desabafou. Segundo o profissional de saúde, há casos de viaturas paradas por conta de problemas simples de manutenção.

“Um absurdo. Esse serviço é executado em qualquer oficina mecânica em 15 minutos e na Secretaria de Saúde é essa novela”.

“Não tem nenhuma USA ativada. Zero. Hoje, se Brasília precisar de uma ambulância avançada com médico para uma parada cardíacas ou outra coisa grave, não tem”, alertou outro servidor.

Outro lado

O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Saúde sobre a questão. A pasta negou o número de viaturas paradas, contudo, apresentou um recorte diferente do questionado pela reportagem.

A pasta argumentou que trabalha para ampliar o número de médicos e também negou qualquer estudo para terceirizar o Samu.

Leia a nota completa:

“A Secretaria de Saúde informa que, no total, o SAMU DF conta com 38 unidades móveis ativas. Assim, são 30 unidades de suporte básico (USBs), sete unidades de suporte avançado (USAs), e uma USA de Suporte Avançado em Saúde Mental. São 19 viaturas de reservas técnicas.

Para manter todos esses 38 veículos “rodando”, o Ministério da Saúde recomenda um quantitativo mínimo de 30% a mais como reservas técnicas. Essa reserva é importante em função da rotina de manutenção dos carros, ou seja, sempre haverá ambulância em manutenção ou revisão. O ciclo de entrada e saída de veículos para esse tipo de serviço é constante em função do grande desgaste de peças. Vale ressaltar que o veículo é operacional, rodando 24 horas por dia, sete dias por semana. O período em que uma ambulância passa por manutenção varia de acordo com o tipo de serviço e a disponibilidade de peça. Em média, são nove dias.

O serviço de manutenção de veículos do GDF, gerido pela SEPLAD, no qual o SAMU está incluído, já se encontra regularizado desde maio de 2023. Para atender as 38 unidades móveis cadastradas junto ao Ministério da Saúde, o SAMU conta com 56 furgões tipo ambulância, dedicados ao atendimento pré-hospitalar. Em recorte situacional de 25/09, o SAMU 192 DF registra 7 USAs e 26 USBs em funcionamento, resultando em 89% dos recursos de ambulâncias ativos. Vinte e três veículos da frota encontram-se, nesse instante, entrando ou saindo de oficinas.

A pasta informa ainda que, atualmente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 192 DF conta com 803 servidores lotados em sua estrutura, incluindo todas as categorias de assistência à saúde e carreiras administrativas. A SES trabalha para ampliar o número de profissionais com abertura de concurso, especialmente de condutores socorristas, e médicos.

Não procede a informação sobre terceirização do Samu”.

 

 

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