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No DF, 62,16% dos estupros foram cometidos contra crianças ou pessoas com deficiência

Em 2023, dos 370 casos de estupro registrados no DF, 230 foram cometidos contra pessoas consideradas vulneráveis

atualizado

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Wey Alves/Especial Metrópoles
criança adolescente
1 de 1 criança adolescente - Foto: Wey Alves/Especial Metrópoles

A maioria dos casos recentes de estupro ocorridos no Distrito Federal foi classificada como de vulnerável. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), 62,16% dos 370 estupros registrados no primeiro semestre de 2023 foram cometidos contra pessoas com menos de 14 anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não têm o necessário discernimento para oferecer resistência ao ato sexual.

Foram 280 vítimas vulneráveis — em 42 ocorrências houve mais de uma vítima.

Ainda segundo os dados da pasta, 2022 foi o ano com o maior número absoluto de violação contra pessoas indefesas. O ano somou 522 episódios do tipo, o equivalente a 68,41% das 763 ocorrências de estupro.

Faixas etárias

Entre os acontecidos de 2023, cerca de 75,3% das vítimas tinham menos de 14 anos. Em segundo lugar, aparecem as pessoas de 14 a 30 anos, que representam 12,5% do total. A faixa etária de 41 a 50 anos corresponde a 3,5% das vítimas desse crime.

Enquanto isso, os agressores, em sua maioria, tinham entre 31 e 40 anos.

Das 230 ocorrências de estupro de vítima vulnerável, foram identificados 88,3% dos autores, ou seja, 203 — sendo 20 mulheres e 183 homens.

Questionada, a Secretaria de Segurança Pública informou que o enfrentamento à violência doméstica é prioridade da atual gestão.

“Durante os primeiros seis meses deste ano, os índices apontam que o crime de estupro de vulnerável ocorreu no interior de residências em 77,4%. Portanto é um delito de difícil combate em que a denúncia cumpre papel fundamental”, completou a pasta.

Tentativas de estupro

De acordo com a SSP, no primeiro semestre deste ano foram registradas 25 ocorrências de tentativas de estupro, 12 a menos que no mesmo período de 2022.

Confira, abaixo, o total de ocorrências registradas, por ano:

  • 2022: 70
  • 2021: 42
  • 2020: 58
  • 2019: 93

Recentemente, uma jovem de 18 anos foi atacada no meio da rua na Colônia Agrícola Samambaia. O homem, ainda não identificado, tentou arrancar roupa dela e chegou a arranhá-la nas nádegas.

Denuncie

A SSP reforçou que a Polícia Civil (PCDF) fornece meios próprios para a denúncia de violência contra mulheres. As vítimas podem fazer uma denúncia online, ligar 197 (acessar a opção 0) ou se dirigir a uma Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam 1 e 2), bem como todas as delegacias circunscricionais, que contam com seções de atendimento à mulher.

“Também estão disponíveis o e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br e o WhatsApp (61) 9.8626-1197. Para atendimento emergencial também está disponível o telefone 190, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).”

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