A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (29/11), a Operação Mirador com o objetivo de desarticular o núcleo financeiro da facção criminosa Amigos do Estado (ADE). Um dos criminosos foi preso em Ceilândia, no Distrito Federal, com um arsenal de armas e munições.

A investigação foca na repressão à lavagem de dinheiro realizada de forma gerencial pela facção, a qual constituiu empresas de fachadas, adquiriu imóveis e carros de luxo para ocultar e dissimular a origem ilícita dos recursos obtidos a partir de práticas criminosas. A polícia ressaltou que a facção criminosa investigada é dedicada ao tráfico de drogas e de armas de fogo, bem como ao cometimento de roubo de cargas e crimes violentos.

Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e um de prisão, nas cidades de Palmas (TO), Porangatu (GO), Anápolis (GO), Brasília (DF) e na cidade satélite de Ceilândia (DF), expedidos pelo Juízo da 4ª Vara Criminal de Palmas. Um dos líderes da facção estava foragido há seis meses e foi preso na ação desta quarta-feira (29).

Na capital federal, a PF contou com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), unidade brasileira de elite da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

Tráfico e lavagem de dinheiro

Ainda de acordo com a Polícia Federal, um dos integrantes foi preso em flagrante, em Ceilândia, pela posse ilegal de arma de fogo, acessórios e munições. Os detentos foram encaminhados à Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal para a formalização das prisões.

Os fatos sob investigação caracterizam crimes de constituir organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas de reclusão, se somadas, podem atingir 33 anos.