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Melancia e fósforo: morador diz o que fugitivos levaram em Mossoró

Na madrugada desta sexta-feira (16/2), policiais encontraram, no meio do mato, pegadas, peças de roupa, toalha e lençol

atualizado

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Reprodução / IA Cutout
Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, fugitivos do presídio federal de Mossoró
1 de 1 Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, fugitivos do presídio federal de Mossoró - Foto: Reprodução / IA Cutout

Além de roupas e calçados, moradores de Rancho da Caça, povoado localizado na mesma região da Penitenciária Federal de Mossoró, informaram que criminosos invadiram na madrugada de quinta-feira (15/2) uma residência, pelos fundos, e levaram biscoitos, melancia, queijo, pão de forma, margarina e fósforo.

As autoridades suspeitam que o crime tenha sido cometido pela dupla Deibson Cabral Nascimento, o “Deisinho”, e Rogério da Silva Mendonça, conhecido como “tatu”.

A dupla pertence à facção criminosa Comando Vermelho (CV) e fugiu da prisão de segurança máxima nessa quarta-feira (14/2) usando o uniforme do complexo, short e camiseta da cor azul.

Na madrugada desta sexta-feira (16/2), policiais que integram a força-tarefa montada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) encontraram, no meio do mato, na zona rural de Mossoró, pegadas, peças de roupa, toalha e lençol. Os itens são semelhantes aos furtados da casa em Rancho da Caça.

Fuga

Informações de autoridades ligadas às investigações sobre a fuga histórica de Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça afirmam que parte da empreitada dos criminosos foi captada por câmeras de segurança do complexo.

A gravação, no entanto, é mantida a sete chaves pelos investigadores. É a primeira vez que o Sistema Penitenciário Federal (SPF) registra uma fuga.

Os equipamentos teriam registrado o momento em que a dupla, por volta das 3h30 de quarta-feira (14/2), passa por uma área de obra e atravessa um alambrado. Eles vestiam o uniforme do complexo, de cor azul.

Os policiais penais teriam notado a ausência dos internos apenas por volta das 5h30, no momento da contagem dos presos, que antecede o café da manhã.

Como foi a a fuga:

  • Segundo informações preliminares, a fuga foi registrada por volta das 3h30 de quarta-feira (14/2);
  • Os criminosos teriam saído pelo teto da cela, por meio de um buraco na parte da placa metálica. Eles também teriam arrancado a fiação responsável pela iluminação das celas;
  • A dupla seguiu pelo pátio carregando objetos cortantes usados para fazer uma abertura no alambrado e fugiu;
  • Policiais analisaram imagens de câmeras de segurança que captaram parte da empreitada criminosa;
  • A polícia apura a possível participação de funcionários envolvidos em uma obra no presídio;
  • Na manhã desta quinta-feira (15/2), moradores do Rancho da Caça, povoado localizado na mesma região da Penitenciária Federal de Mossoró, informaram à polícia que tiveram bens de sua casa furtada. Os suspeitos escaparam carregando roupas e comida.

Busca com drones

Conforme a coluna noticiou, a Polícia Federal (PF) enviou a Mossoró, na manhã dessa quinta-feira (15/2), diversos drones que serão empregados nas buscas. Os equipamentos, que têm tecnologia avançada e contam com câmera de infravermelho, seguiram em helicóptero da PF.

Por determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, foi criada uma força-tarefa com homens da PF e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para participar das buscas. As forças policiais do Rio Grande do Norte também estão mobilizadas.

A PF ainda abriu inquérito para apurar o caso. Ao todo, mais de 100 homens participam das operações.

“Matadores”

Deibson Nascimento e Rogério Mendonça são “matadores” da facção carioca. Eles seriam os responsáveis por executar rivais e faccionados que descumprem normas internas da organização criminosa e integrariam o “tribunal do crime”.

Os dois criminosos são naturais do Acre e foram transferidos para a Penitenciária Federal de Mossoró em setembro do ano passado, após se envolverem em uma sangrenta rebelião no Presídio Antônio Amaro Alves, em Rio Branco (AC).

No conflito, cinco internos foram mortos, três deles decapitados. A Polícia Civil do estado acredita que a dupla teve ligação direta com as mortes, uma vez que os presos executados pertenciam a um grupo rival do CV, o Bonde dos 13.

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Condenado a 81 anos de prisão, Deibson Cabral Nascimento acabou detido em agosto de 2015. Não é a primeira vez que ele foi transferido para uma penitenciária federal: o foragido já passou pelo presídio federal de Catanduvas (PR). Ele tem condenações por assaltos, furtos, roubos homicídio e latrocínio. Rogério também tem vasta ficha criminal, e foi condenado a 74 anos de prisão.

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