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Funcionário de restaurante leva tiro no rosto após briga com candidato do PTB

Autor do disparo acompanhava o candidato a distrital Rubão numa agenda de campanha. Crime teria sido motivado por briga devido a som alto

atualizado

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Um funcionário da churrascaria Tchê Garoto, na Vila Planalto, foi vítima de uma tentativa de homicídio no início da tarde deste sábado (27/8). Raimundo Eduardo Pereira Silva, 29 anos, levou um tiro no rosto após uma discussão com Rubão, candidato a deputado distrital pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). O autor do disparo, identificado como Marco Antônio Leal da Silva, acompanhava o político no momento da briga. Raimundo foi socorrido em estado grave ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Até a última atualização desta reportagem, não havia informação quanto ao estado de saúde dele.

As primeiras informações divulgadas por fontes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) davam conta de que o alvo do disparo teria sido o proprietário do restaurante, mas a informação foi corrigida depois pela própria corporação: Raimundo é churrasqueiro da Tchê Garoto.

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Segundo testemunhas que estavam no local, Rubão distribuía flyers de campanha com som do carro ligado nas alturas. Moradores da Vila Planalto e clientes da churrascaria teriam passado a reclamar do barulho. O funcionário da churrascaria se dirigiu ao candidato, pedindo que ele abaixasse o som. A partir de então, iniciou-se uma briga e o agressor foi ao carro, pegou uma pistola e efetuou um disparo, no rosto do jovem.

No Hospital de Base, Raimundo passou por uma tomografia, que mostrou onde a bala está alojada. O tiro entrou próximo à boca de Raimundo e projétil está fincado abaixo do olho. “O bombeiro falou para agradecer a Deus, porque se fosse do olho para cima não tinha jeito: ou era morte ou era sequela”, disse um outro funcionário do restaurante que acompanhou a vítima ao hospital.

Marco Antônio fugiu do local e a polícia do DF está mobilizada a procura dele. No carro de Rubão, um Accord Honda Prata, havia um adesivo como nome do candidato seguido da frase “Nem um passo atrás”, com o número dele nas urnas. Logo abaixo, um adesivo do presidente Jair Bolsonaro, com a bandeira do Brasil.

Ao Metrópoles o candidato do PTB envolvido na confusão se pronunciou e disse que lamenta o ocorrido. “Eu estava em uma via pública panfletando e colocando algumas falas sobre minhas bandeiras e projetos com um auxiliar. Pedi que ele fosse almoçar no referido restaurante. Quando ele regressou, pedi que ele ficasse no carro que eu iria almoçar em minha casa. Antes que eu terminasse, ele me ligou pedindo que eu regressasse urgente, pois haviam desligado e estavam querendo quebrar o som”, explicou.

Rubão disse, ainda, que voltou ao local e foi agredido por cinco rapazes. “Vários jovens vieram em minha direção, e novamente desligaram o som do carro, jogaram o conversor da bateria no chão e me agrediram com socos e pontapés. Nesse momento, o amigo vendo que eu estava sendo agredido covardemente por 5 jovens, em legítima defesa de terceiros efetuou o disparo”, defendeu-se.

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