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Mulheres fazem passeata no DF em protesto contra o feminicídio

Caminhada ocorreu neste sábado (28/1), em Ceilândia, região do DF que já registrou três mortes por feminicídio apenas neste ano

atualizado

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Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Mulheres segurando cartaz contra feminicídio
1 de 1 Mulheres segurando cartaz contra feminicídio - Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O mês de janeiro ainda não terminou e Ceilândia já registrou três mortes por feminicídio. Protestando contra a escalada de violência, mulheres se reuniram em uma manifestação, na manhã deste sábado (28/1), no centro da região administrativa.

Os participantes se concentraram em frente à Casa da Mulher Brasileira, de onde partiu a Caminhada Contra o Feminicídio no DF. Entre os participantes do evento, estavam a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, e o administrador de Ceilândia, Dilson Resende.

A diretora da Casa da Mulher Brasileira, Rosilene Machado, aproveitou a oportunidade para ressaltar a importância de as vítimas de violência utilizarem os serviços prestados pela instituição.

“Nós realizamos atendimento psicossocial, que faz uma análise da situação relatada; temos alojamento de passagem que acolhe quem está em risco de morte; e seus familiares por 48 horas; ofertamos cursos profissionalizantes para aquelas que querem ser empreendedoras; e temos ainda o Programa Realize, que trabalha as partes emocional e psicológica, ajudando-as a se conhecer melhor profissionalmente para serem encaminhadas a um curso de capacitação”, explicou.

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Na ocasião, a secretária Giselle Ferreira enfatizou: “Nós queremos mostrar que a pauta da mulher não é só dela, mas de toda sociedade. Também estamos aqui mostrando que elas têm o espaço delas, que é Casa da Mulher Brasileira.”

Feminicídios em 2023

O início de ano traz números alarmantes sobre a violência contra mulheres do Distrito Federal, em comparação ao ano passado. Somente na primeira semana de janeiro, a capital do país somou — com dois registros — a mesma quantidade de feminicídios que todo janeiro de 2022. Se, comparado até março, são 50% das mortes, quando 4 havia sido notificadas.

Na semana passada, houve outros dois casos. Jeane Sena da Cunha Santos, 42 anos, foi morta no dia 17 pelo companheiro, João Inácio dos Santos, 54, no Setor de Mansões Park Way. Após cometer o feminicídio, o homem tirou a própria vida.

No dia seguinte, 18 de janeiro, uma mulher de 20 anos foi morta com dois tiros no rosto, em Ceilândia Sul. Segundo informações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o crime foi cometido pelo companheiro da vítima após uma discussão.

O caso ocorreu na QNN 20. A jovem ainda chegou a ser encaminhada ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), mas não resistiu aos ferimentos.

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