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Mulher morta a socos pelo companheiro era proibida de estudar e trabalhar

Em quase todas as brigas, o companheiro tinha o costume de enforcar Luciane Simão e dizer que ela seria morta caso procurasse a polícia

atualizado

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1 de 1 casal - Foto: Reprodução

Morta após ser brutalmente espancada pelo companheiro, Luciane Simão Silva, 42 anos, vivia uma relação abusiva com o autor do crime muito antes do desfecho trágico ocorrido na madrugada dessa segunda-feira (21/12). A mulher era proibida por Rondinele Fereira da Silva, 34, de trabalhar, estudar ou frequentar a academia. Suas saídas eram monitoradas, e qualquer tentativa de enfrentar o parceiro resultava em sessões de enforcamento ou socos nos olhos e nas costelas.

Quando ultrapassou as barreiras do medo, desejando romper a relação abusiva, Luciane registrou ocorrência na 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho). Em 20 de maio de 2017, ela contou aos policiais detalhes das agressões que havia sofrido naquela noite. De acordo com o boletim, Rondinele teria ficado descontrolado devido ao fato de a companheira ter insistido em conversar com a irmã e alguns amigos na frente de casa, na Fercal.

Na ocasião, Luciane revelou que Rondinele era ciumento e machista. O temperamento explosivo do homem foi motivo de várias discussões entre o casal. Em quase todas as brigas, ele fazia ameaças – dizia que a companheira seria morta caso ela procurasse a polícia. Por volta das 22h, Luciane insistiu em permanecer do lado de fora de casa e, por isso, foi enforcada e recebeu um forte soco no rosto, o que a deixou com um hematoma ao redor do olho.

Assustada e cansada de ser espancada, Luciane pediu medida protetiva. A Justiça determinou que o agressor deixasse a residência e não se aproximasse mais da vítima. No entanto, o casal, que tinha um filho de 10 anos, acabou se reconciliando, mas a rotina de brigas e espancamentos não cessou.

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O caso

Luciane foi espancada na rua, perto de casa. O casal estava junto havia oito anos, segundo informações prestadas por familiares aos investigadores da PCDF. Na quinta-feira (17/12), os parentes de Luciane a levaram ao hospital Prontonorte, para receber atendimento médico, após ela ter sido violentamente agredida por Rondinele.

A mulher foi liberada no sábado (19/12), mas o irmão de Luciane percebeu que o rosto dela apresentava inchaço além do comum e retornou com a vítima para a unidade médica.

Novamente, Luciane teve de ser internada, mas não resistiu. A família procurou a Polícia Civil para registrar o caso. O autor foi preso por agentes da 13ª DP quando passeava em um shopping da cidade.

Rondinele está preso na carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE). De acordo com a delegada adjunta Ágata Braga, o agressor será indiciado por feminicídio.

“Logo deveremos relatar o inquérito com o indiciamento, pois não resta dúvida de que ele a matou em decorrência do espancamento”, disse a delegada.

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