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Mulher baleada em hospital: para família, medida protetiva falhou

Revoltados e com medo de outro ataque, familiares de Cleonice Maria Lima cobram manutenção da prisão do criminoso

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Familiares de Cleonice Maria Lima, 46, apontam falhas nas medidas protetivas. A mulher foi alvejada pelo ex, Cleuson Sousa de Moura Silva (foto em destaque), 43, no Hospital São Francisco, em Ceilândia, no domingo (28/5).

Mesmo com medida protetiva, Cleonice foi atacada. Segundo a advogada da família da vítima, Nauane Buriti, os parentes estão muito abalados e assustados.

5 imagens
Imagens às quais o Metrópoles teve acesso mostram momento em que Cleuson chega ao Hospital São Francisco, em Ceilândia
A vítima, Cleonice Maria Lima, 46 anos, foi atingida por quatro dos cinco tiros
Ela é ex-namorada do atirador e trabalha como recepcionista na unidade de saúde
Cleuson Sousa de Moura Silva, 43 anos
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Cleuson fugiu após o crime, mas foi preso pouco depois

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Imagens às quais o Metrópoles teve acesso mostram momento em que Cleuson chega ao Hospital São Francisco, em Ceilândia

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A vítima, Cleonice Maria Lima, 46 anos, foi atingida por quatro dos cinco tiros

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Ela é ex-namorada do atirador e trabalha como recepcionista na unidade de saúde

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Cleuson Sousa de Moura Silva, 43 anos

 

“Quando se tem uma medida protetiva, o Estado tem o dever legal de fazer a fiscalização, de agir. Hoje, a família sofre muito pela falta de apoio e de segurança”, destacou a advogada.

Para a família, o episódio mostrou uma falha no sistema de medidas protetivas. Não haveria policiais na região e o acusado entrou tranquilamente no hospital. “Neste momento, o sentimento da família é de revolta”, assinalou.

Quem é Cleonice

Nas palavras de familiares, Cleonice é uma mãe de família, religiosa e trabalhadora. “As pessoas que trabalham com ela dizem que ela é uma amiga, parceira. Todos gostam muito dela no hospital”, relatou a advogada.

Os filhos de Cleonice não são de Cleuson. Desde 2020, a vítima começou a tentar por um fim no relacionamento. De acordo com a advogada, os episódios de violência começaram pelo fato do acusado não aceitar o término.

“Eles estavam junto há quatro anos. Ele foi ficando mais agressivo e ela quis terminar, mas ele nunca permitiu. Nos últimos dois anos, ela vinha sofrendo essas perseguições”, comentou.

5 de maio

Em 5 de maio, o acusado foi ao mesmo hospital portando um objeto similar a uma arma. Não encontrou a vítima na recepção. Começou a entrar nas áreas restritas da unidade de saúde, até ser expulso por um segurança.

A vítima recebeu uma medida protetiva. Mas o acusado foi liberado na audiência de custódia. Segundo a advogada, a família ficou revoltada com a situação, pois cobrou mecanismos para manter realmente o criminoso distante.

Alertas

De acordo com a advogada, familiares tinham fortes suspeitas de um possível novo ataque e procurou a todo momento alertar Cleonice.

Segundo a advogada, para os familiares, a região em volta do hospital deveria ser policiada e também era necessário algum mecanismo para alertar sobre a possível proximidade do acusado como uso de tornozeleira eletrônica.

Familiares temem a possibilidade de soltura do acusado após a audiência de custódia. “Esse é um dos maiores medos da família. O que a família quer, neste momento, é o afastamento dele”, contou.

Justiça

A família quer a devida apuração criminal e avalia um eventual pedido de indenização, inclusive por eventuais falhas do Estado. O DF recentemente aprovou um lei para garantir o ressarcimento de vítimas doméstica.

“É uma mulher em uma situação grave de ameaça. Ela já tinha no dia 5 de maio sofrido esse atentado dentro desse mesmo hospital. E esse tempo todo ele estava à solta, conseguindo planejar a execução no dia 29 de maio”, disse.

Após o crime, Cleuson teria fugido do local em um Ford Escort Vermelho. Mas foi preso momentos depois em uma parada de ônibus da região.

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