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MPF pede investigação contra André Valadão por incitar assassinatos de LGBTQIA+

Ministério Público também cobrou que pastor preste depoimento à Polícia Federal e que a corporação levante os antecedentes criminais dele

atualizado

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Foto colorida de André Valadão. Ele é branco, tem cabelo preto e sorri para a foto. Na imagem, ele utiliza roupas brancas - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de André Valadão. Ele é branco, tem cabelo preto e sorri para a foto. Na imagem, ele utiliza roupas brancas - Metrópoles - Foto: Reprodução

O Ministério Público Federal (MPF) pediu que a Polícia Federal (PF) abra inquérito para investigar o pastor André Valadão pela fala em que incita fiéis a matarem pessoas LGBTQIA+.

Em despacho assinado nessa quinta-feira (6/7), o MPF cobrou que Valadão seja intimado a se explicar e que a PF levante os antecedentes criminais do pastor.

O líder religioso atualmente mora nos Estados Unidos. As falas do pastor foram transmitidas pela Igreja da Lagoinha, durante cerimônia em Orlando (EUA). “Agora, é hora de tomar as cordas de volta e dizer: ‘Pode parar. Reseta’. Mas Deus fala que não pode mais”, declarou.

“Ele diz: ‘Já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso’. Agora, está com vocês”, continuou Valadão.

Assista ao vídeo aqui

Desarquivamento

As falas revoltaram instituições e políticos, como o Centro Brasiliense de Defesa dos Direitos Humanos (CENTRODH) e a deputada federal Erika Hilton (PSol-SP).

Além disso, diversos pedidos de investigação chegaram ao MPF. Inicialmente, a Procuradoria da República Público em Minas Gerais havia arquivado as denúncias. No entanto, parlamentares e organizações, como o CENTRODH, recorreram e destacaram a incitação para que fiéis matassem pessoas LGBTQIA+.

Presidente do CENTRODH, Michel Platini lembrou que o primeiro pedido levou o MPF a determinar a retirada dos posts de Valadão do YouTube e do Instagram.

“André Valadão terá de prestar contas à Justiça. A LGBTfobia é crime no Brasil, e os fundamentalistas precisam se acostumar com isso. É uma realidade e fruto de nossa luta travada nos últimos anos. Não aceitaremos qualquer propagação de ódio tampouco incitação à violência contra a população LGBT+”, declarou.

Para Michel, caso haja instauração de inquérito, Valadão corre risco de ser deportado para o Brasil. “Estamos felizes [de ver] que o Ministério Público Federal agiu rápido. Esperamos uma responsabilização breve e pedagógica, para que nunca duvidem que LGBTfobia é crime”, salientou.

Explicações

Diante da repercussão negativa, André Valadão tentou explicar as declarações em outro vídeo, no qual disse ter sido “mal-interpretado”.

“Nunca será sobre matar, segregar, mas será, sim0 sobre resetar, levar de volta à essência, ao princípio. Sim, cabe ao que crê em Jesus levar a mensagem do recomeço, [do] reset, reinício, nascer de novo e viver não mais para si, mas para Deus e suas leis”, argumentou.

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