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Motorista que atropelou e matou pedestre na EPNB presta depoimento

Fernando Neris disse aos policiais que uma falha mecânica o impediu de voltar ao local do acidente. Caso segue sob investigação na 29ª DP

atualizado

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Imagens cedidas ao Metrópoles
Vítima de atropelamento
1 de 1 Vítima de atropelamento - Foto: Imagens cedidas ao Metrópoles

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) divulgou detalhes do inquérito policial no qual investiga as circunstâncias da morte Raony Ribeiro Torres, morto após ser atropelado no trecho da EPNB localizado em frente ao Shopping Center Riacho Mall, em 28 de fevereriro deste ano.

O autor é o administrador Fernando Neris da Costa, 42 anos.  Ele conduzia um Fiat Siena de cor preta, o qual se evadiu do local sem prestar qualquer tipo de auxílio, fato presenciado pelas testemunhas.

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Versão do autor

Aos policiais, o suspeito, acompanhado de seus advogados, informou que no dia 27 de fevereiro passou o dia no Lago Sul, em um curso proporcionado por seus empregadores no escritório de advocacia onde trabalha como analista financeiro. Naquele dia, o curso durou das 14h às 3h da manhã do dia 28.

Afirmou não ter ingerido bebida alcoólica naquele dia e nem em dias anteriores. Saiu do local dirigindo sozinho seu veículo. Seguiu na velocidade da via, tendo acessado a EPNB, na altura do Setor de Motéis, e seguiu em direção ao Riacho Fundo, onde reside.

Quando se aproximava do semáforo que fica próximo ao último retorno de acesso ao Riacho Fundo, na altura do Riacho Mall, estando o sinal aberto para os veículos, percebeu quando o pedestre se chocou com o automóvel, no momento em que iria virar à esquerda com intenção de acessar o retorno de acesso ao Riacho Fundo.

De acordo com o inquérito, Fernando percebeu que se tratava de um ser humano, mas não identificou se seria um homem ou uma mulher. Não teve reação e não sabe dizer em que posição o pedestre caiu.

Falha mecânica

O declarante seguiu com o veículo e acessou o Pistão Sul de Taguatinga, seguiu até a entrada de Águas Claras, tendo tomado a Avenida Araucárias e seguiu até o Park Way. Neste momento, decidiu voltar ao local do acidente.

Foi nesse momento, ainda de acordo com a declaração do suspeito, que o veículo apresentou falha mecânica, o que fez pará-lo no acostamento. Estava com o seu aparelho de telefone celular, estando com menos de 5% de bateria.

Não fez contato com qualquer pessoa para pedir socorro ou mesmo para pedir orientação. Então, seguiu a pé até sua casa. No dia seguinte, voltou ao curso no Lago Sul, tendo saído de casa por volta das 13h e retornado por volta das 5h da manhã do dia seguinte. O trajeto foi feito através de transporte de aplicativo.

Na terça feira (2/3), por volta das 11h, entrou em contato com um guincho, tendo o profissional levado o veículo até o Núcleo Bandeirante, no Setor de Oficina, Av. Contorno, por indicação do próprio guincheiro.

Quando entrou em contato com a oficina, que havia sido indicada, foi informado que a polícia já havia levado o carro do local. O dono do guincho questionou a origem da avaria frontal do veículo, no entanto, o suspeito preferiu não comentar.

Fernando Neris concluiu a versão do caso informando ao policiais que faz uso do medicamento para tratar insônia, por indicação médica, sempre antes de dormir. Em seguida, foi liberado pois não pode mais ser preso em flagrante.

O caso segue sob investigação na 29ª Delegacia De Polícia Civil (Riacho Fundo).

Memória

Raony tinha 38 anos e estava desempregado, mas atuava como profissional autônomo, prestando serviços de consertos em residências. O homem voltava para casa, às 3h20. Foi atingido por um carro quando estava a cerca de 800m de sua residência e morreu no local.

Segundo a família, Raony morava e cuidava do pai de 76 anos, que sofre de demência vascular. “Queremos a responsabilização civil e criminal do motorista”, disse Yandra Torres, irmã de Raony.

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