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Morte de produtor cultural reacende debate sobre sinais do suicídio

Rafael Lemos morreu, aos 32 anos, nessa segunda-feira (30/10). Amigos ficaram perplexos com a notícia

atualizado

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Giovana Bembom/Metrópoles
Balada Boate Q5
1 de 1 Balada Boate Q5 - Foto: Giovana Bembom/Metrópoles

O produtor Rafael Lemos morreu, nessa segunda-feira (30/10), aos 32 anos. A precoce partida do jovem, que atuava na extinta boate Of Club, comoveu amigos e antigos frequentadores da casa noturna. O fato reacende o debate para uma das maiores preocupações do século 21: o suicídio.

Segundo o relato de pessoas próximas, como o também produtor Rodrigo Rangel, Rafael era um menino alegre. “Tinha prazer em fazer todos ao seu redor sorrir. Ele adorava cozinhar para gente”, lembra. Por conta das constantes piadas e brincadeiras, os conhecidos não conseguiram enxergar os sinais de que o jovem atentaria contra a própria vida.

Pelo Facebook, Rafael sugeriu que tomaria a medida extremada. Dois posts, publicados nas redes sociais três horas antes do incidente, traziam as seguintes mensagens:

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Rafael Cardoso dividia o apartamento com seu xará no Guará há sete meses. O companheiro de quarto conta que não notou nenhum comportamento diferente no amigo. “Como todo mundo, ele tinha seus dias ruins, mas nada inspirava preocupação. Ele era um cara brincalhão”, revela.

Rafael Lemos foi enterrado, nesta terça-feira (31), no Cemitério de Taguatinga. O jovem era empregado no Sindicato dos Trabalhadores Rurais. A família do rapaz, que era de Anápolis (GO), morava em Brasília há vários anos.

Trajetória na noite
Rafael começou a trabalhar na noite da capital ao lado de Rodrigo Rangel. Juntos, os dois foram responsáveis pela agenda cultural da Of Club: a parceria revitalizou a boate, principalmente, com o selo Boombox.

A partir do trabalho, o jovem conheceu várias pessoas e se tornou querido de diversos frequentadores da boate. Em seu mural do Facebook, usado para divulgar a drástica decisão, várias pessoas deixaram mensagens de despedida.

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Apoio
O psicólogo André Amorim Ramos afirmou que as pessoas com depressão costumam dar sinais do agravamento do problema. “Geralmente, eles encontram um jeito de pedir ajuda, seja explicitamente, ou através de comportamentos, como o afastamento social ou um súbito desejo de ficar em casa”, explica.

Para o especialista, é importante sempre encarar com seriedade as queixas das pessoas. O comportamento empático pode ajudar a preservar vidas. “Apoio é sempre importante. Também deve-se encorajar a procura de tratamento com psicólogos e psiquiatras”, alerta.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o suicídio é a quarta maior causa de morte entre jovens no Brasil. São cerca de 11 mil pessoas que decidem tirar a própria vida todos os anos. O problema atinge 6 a cada 100 mil pessoas.

O CVV:
O Centro de Valorização da Vida presta apoio emocional gratuitamente 24 horas por dia, de forma anônima e sigilosa. Os atendimentos podem ser feitos por telefone, e-mail, Skype, chat, ou pessoalmente. Em Brasília, o posto de atendimento funciona no Setor de Rádio e TV Norte Quadra 702, Edifício Brasília Rádio Center, sobreloja 5. O atendimento é feito pelo 141.

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