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Moradores da Asa Norte denunciam descarte irregular de remédios

Comprimidos e cápsulas foram encontrados no gramado da quadra residencial e expõe uma prática perigosa, que podem colocar cães em risco

atualizado

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Remédios despejados 116 Norte
1 de 1 Remédios despejados 116 Norte - Foto: Imagem cedida ao Metrópoles

Medicamentos descartados de forma irregular têm surpreendido e incomodado moradores da 116 Norte. Diversos comprimidos e cápsulas foram encontrados no gramado da quadra residencial. A situação expõe uma prática perigosa, que pode colocar cães e crianças em risco.

Em um áudio que circula nas redes sociais, um morador detalha o problema. “Pessoal, hoje caminhando para ir à padaria, perto do bloco H e G, muitos comprimidos diversificados jogados no chão, de vários modelos. Muito perigoso para as crianças e cachorros aqui da quadra. Está aumentando a cada dia mais e precisamos nos alertar. Tem gente jogando comprimido direto na rua. Isso é muito perigoso”, alertou o homem.

Veja imagens dos remédios jogados na quadra residencial:

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À reportagem o síndico do bloco A, Ricardo Fonseca e Campos, confirmou a situação. Segundo ele, o descarte irregular tem ocorrido há meses, nos blocos próximo ao comércio.

O gestor público Marcelo Isidoro, morador do bloco J, relatou que há semanas tem encontrado medicamentos espalhados pelo local. Ele mesmo já chegou a recolher alguns dos comprimidos, mas eles tornaram a aparecer, dias depois.

“Um dia após o outro temos notado esses remédios sendo despejados nos gramados. Não sabemos se algum cachorro ou criança chegou a pegar, mas estamos alertando os moradores. Tem ali alguma intenção por trás desse feito. E pode ser perigoso caso alguém ingira. Por isso, queremos registrar um boletim de ocorrência também”, pondera Marcelo.

De acordo com o morador, as câmeras de segurança dos blocos próximos ao local de descarte não registraram a ação suspeita. “O pessoal do comércio ficou de ver pelas câmeras deles, mas ainda não nos deram nenhum retorno”, comenta.

Os moradores da quadra residencial alegam que a Polícia Militar do DF (PMDF) também já foi acionada, mas o problema segue sem solução. Em nota, a corporação ressaltou que o descarte irregular de medicamentos pode ser enquadrado como crime ambiental, sendo passível de atuação por parte da PM, em caso de flagrante delito. “No entanto, a fiscalização desse descarte irregular é feita pela Vigilância Sanitária. Ressaltamos, por fim, que, caso alguém presencie tal fato, poderá acionar a PMDF pelo 190 ou a Vigilância Sanitária pelo 160”, disse.

Orientações de descarte

No Distrito Federal, a Lei 5.092/2013 obriga farmácias e drogarias a receberem os medicamentos com prazo de validade vencido, para descarte adequado. Algumas drogarias privadas participam do programa Descarte Consciente e recebem esses medicamentos. Os estabelecimentos devem ter contrato com empresa especializada para fazer a incineração dos produtos.

A Secretaria de Saúde orienta que sejam separados os medicamentos comuns que estão vencidos e os que não serão mais utilizados em um saco plástico. Já as seringas e agulhas devem ser guardadas em garrafas pet com tampa, de forma a evitar acidentes. Depois disso, é indicado levar o material a uma farmácia ou drogaria pública ou privada.

O cuidado também deve ser tomado com cartelas de comprimido, vidros de xarope, tubos de pomada, seringas e agulhas. O ideal é manter os medicamentos, vencidos ou não, em suas embalagens originais. As cartelas, por exemplo, são chamadas de embalagem primária e devem ser mantidas fechadas até a entrega nos postos de coleta para não serem manipuladas.

Vidros de xarope só podem ser jogados no lixo reciclável se estiverem vazios. O líquido, porém, não pode ser jogado na pia ou no vaso sanitário, pois os sistemas de tratamento de esgoto não conseguem eliminar algumas substâncias que acabam contaminando o meio ambiente. O mesmo vale para tubos de pomada, que, cheios, exigem um descarte especial, mas, vazios, podem ser jogados no lixo.

O descarte desses itens no lixo comum, para o recolhimento pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU), pode causar prejuízos ao meio ambiente, com a contaminação do solo e água. O mesmo pode acontecer com remédios jogados no vaso sanitário

A população pode colaborar com o trabalho da Vigilância Sanitária fazendo denúncias na Ouvidoria por meio do telefone 162 ou pelo site: https://ouvidoria.df.gov.br/

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