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Mesmo economizando, sua conta de água pode aumentar mais neste ano

Consumo per capita da população caiu em 2017, porém, com menos receita e aumento de despesas na Caesb, tarifa pode ficar mais salgada

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Jardim regado
1 de 1 Jardim regado - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O primeiro ano de racionamento forçou o brasiliense a abrir menos as torneiras de casa. O resultado aparece nos dados relativos ao consumo per capita (por pessoa). Em 2017, de acordo com a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), cada morador gastou, em média, 129 litros de água por dia, número bem mais próximo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) — 110 litros. Em 2016, a média ficou em 147 litros/dia. Já em 2015, a marca foi de 189 litros.

A má notícia, porém, é que, mesmo economizando, o consumidor pode ter um aumento maior na tarifa de água neste ano. Segundo a Caesb, o faturamento da companhia caiu de R$ 1.704.496.176, em 2016, para R$ 1.619.676.303, no ano passado, ou -4,98%. Além disso, a empresa garante ter aumentado o gasto com horas-extras dos funcionários em virtude do racionamento.

“O aumento de horas-extras, a queda de faturamento em função da redução do consumo e o volume de investimentos feitos pela Caesb para aumento de produção de água e redução de perdas no sistema de abastecimento, tudo isso, impacta, sim, no cálculo anual da tarifa, que é feito em maio para entrar em vigor a partir de 1º de junho”, informou a companhia, por meio de nota. No ano passado, a correção na conta foi de 3,1%. Em 2018, o percentual pode ser ainda maior.

Em busca de alternativas para contornar o baixo faturamento registrado em 2017, a empresa mira também a folha de pagamento dos servidores. Como o Metrópoles antecipou, a Caesb deve divulgar, nesta semana, o edital com os detalhes do Programa de Demissão Voluntária (PDV). Enquanto isso, continua, por força de liminar, pagando salários acima do teto.

Quem gastou mais
A região de maior consumo per capita continua sendo o Lago Sul. Mesmo assim, houve redução de 16,2% no ano passado, caindo de 437, em 2016, para 366 litros, em 2017. As cidades de menor consumo, conforme registros da Caesb, foram Fercal (55 l/hab/dia), Itapoã (57 litros) e Estrutural/SCIA (58 litros).

Os dados levam em conta a população divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o volume de consumo apurado pela companhia. Maurício Luduvice, presidente da Caesb, alerta para o fato de que esse levantamento não considera a população em trânsito, ou seja, pessoas que residem numa cidade, mas trabalham durante o dia em outra região.

Outra observação importante feita pela Caesb é sobre o Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), que não é residencial e apresenta consumo alto, 1.161 litros por habitante/dia. “No SIA, a população considerada residente é baixa, mas, o consumo é alto por se tratar de um setor de comércio e indústria, onde um número relativamente grande de pessoas trabalham, mas não moram”, esclarece Luduvice.

Paranoá e do Riacho Fundo II foram as únicas áreas onde houve aumento do consumo per capita. Nessas cidades, a Caesb explica que passou a abastecer programas residenciais, como o Paranoá Parque e novas etapas do Morar Bem. O Lago Norte apresentou redução significativa de 16,5%, passando de 217 para 181 litros per capita por dia.

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